Sejam bem-vindos (as) !!!!!!

quinta-feira, 24 de março de 2011

O mundo precisa de pessoas criativas

Inovação e vida. Esse é o mote da Fimma Brasil 2011, em Bento. A maior feira de máquinas, matérias-primas e acessórios para a indústria moveleira da América Latina. Acertou quem teve essa idéia luminosa. A lâmpada acendeu em alguma cabecinha, que, certamente, cruzou por mim, em um dos sete pavilhões da feira. E, diga-se de passagem, milhares de mentes criadoras e inovadoras iluminaram o parque de eventos.
 


Expositores, técnicos, marceneiros, professores, designers, jornalistas, tradutores, moveleiros, enfim, pessoas pilhadas, modernas e criativas. Eu estava lá! É isso, uma feira com robô e presidida por um senhor presidente de coração e sorriso largos: Sr. Juarez. Uma feira com café, espumante e pipoca - veja a pipoqueira aproveitando o break, em seu notebook- . ( foto 1) O que dizer mais?
Os técnicos Ronan e Cristian( foto 2)
Obs.: Adoooro observações. Você sabia que cidades da região metropolitana vivem no século XIX, XX e
XXI ao mesmo tempo? Explico: metrô de superfície, carro e carroças. O que me fez lembrar disso, foi a placa de papel ( na foto de minha autoria). Entre o moderno e o antigo, o feio e o belo, a melhor idéia foi: faturar com o estacionamento nos arredores do parque. O mundo precisa de pessoas criativas. Valeu!





Fotos: Janete Nodari








Fiz questão de posar junto ao globo terrestre e ser fotografada pelo robô.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Poesia, entre o nascer e o por do sol

Alguns calendários trazem dia 14 de março como Dia da Poesia. Bendito seja este dia! Pena que, algumas pessoas, principalmente, numa região capitalista como a nossa  ( bem próximas de mim, por sinal), pensem que não se viva de poesia. Se vive de poesia. É Quintana quem diz "Poesia é liberdade de vôo." E assim foi para mim.
E mais..."Estar vivo é expressar-se e a poesia é uma forma de expressão, portanto, é vida." Estou viva.
Tão viva que ficaria com Camões,  Pablo Neruda, Eduardo Galleano, Fernando Pessoa, Álvares de Azevedo, Manuel Bandeira, Murilo Mendes, Chico Buarque, Mansueto Bernardi.
Já, tomaria café com Drummond e uísque com Vinicius.
Considerem-se homenageados, poetas, que tive a sorte de conhecer pessoalmente: Carlos Nejar, Nelson Fachinelli, Rony Dall´Igna, Pedro Júnior, Ramão Garcia, Larí Franceschetto, Oscar Bertholdo, Rossyr Berny, João Pedro Malaquias, Osvaldo Siqueira,  Lucindo Andreola, Jaime Polli, Jacob Selbach, Ademir Bacca, Clóvis Da Rolt, Auri Sudatti,  Gilberto de Mendonça Telles, Uili Bergamin, Leandro Angonese e, com certeza, tantos outros, pois nunca me furtei de participar de semana da poesia, feira do livro, concurso de poesia ou comissão julgadora, mais recentemente, na cidade de Veranópolis. Tudo de bom!
Só peço uma licencinha às poetisas. Desta vez, quero me sentir como Manoela, a noiva de Garibaldi, Ninguém mais no mundo tomara o lugar do amado.
" Uma noite era inverno e não havia fogo na lareira, ela sentiu uma dormência no corpo, chamou por Garibaldi, disse meu amor, senta-te aqui, ao meu lado, quero sentir o calor de tuas mãos, quero ouvir tua voz.... E ele se acercou de sua cama viu quando ele abriu a janela...Mais perto amor, tenho muito frio. Quero que fiques ao meu lado para sempre... Quando as pessoas abriram o jornal no dia seguinte, comoveram-se com a manchete: " Morreu a noiva de Garibaldi." E se alguém prestasse atenção ao vento, ouviria por certo uma distante voz de marinheiro a repetir, de coração partido: Tu destinata a donna dún altro! " Do livro Garibaldi e Manoela: uma história de amor, de Josué Guimarães.
Poetas, ao meu lado, para sempre. Poetas reais, de sonho, de ação, de aço, de coragem. Se o mundo mudou de estilo, a palavra não mudou.
Foto: Janete Nodari 
Vila Bernardi, Veranópolis

domingo, 6 de março de 2011

Guerreiras de carteirinha

A equipe do Integração onde trabalho é formada, em sua maioria, por mulheres. Guerreiras, claro, a começar pela diretora que, tem um jornal em circulação, há dez anos, numa terra que se abre, há pouco, para a cultura e  inovações de costumes. Demoroooooou!
Mas, quero mesmo é, me debruçar sobre a palavra guerreira. Aos 11 anos, me disseram e eu comprovei, lendo por mais de dez vezes, o livro Um Certo Capitão Rodrigo, de Érico Veríssimo, que guerreiras seriam Ana Terra e Bibiana Terra Cambará.
Mas, minha homenagem vai para todas as Kátias, Brunas, Lucinaras, Carens, Vânias, Cristianes, Mônicas, Francieles, Reginas, Patrícias, Adrianas, Janices, Vitórias, Natálias, Bibianas, Ládis, Lurdes, Ledas ... em especial, a minhas nonnas. Essas sim merecem os parabéns pelo Dia Internacional da Mulher. Essas mulheres que atravessaram os grandes acontecimentos do século XX, munidas apenas de coragem e de uma história de amor. Se casaram por amor, não se sabe. Casavam, era essa a regra. Tinham filhos, uma meia dúzia. Ajudavam em casa , na roça e na igreja. Minhas nonnas Irma e Justina faziam seus trabalhos voluntários lavando a igreja e cuidando da capelinha. Direito ao voto, só souberam disso, a partir de 1940 e alguma coisa. Lavar roupa, no banhado, no tanque e  secar ao sol. Sol que vislumbravam no olhar dos filhos e netos, somente. Minha nonna Irma viveu até ter trinetos. Gastou as contas do rosário rezando por eles. As contas do terço me fascinavam  por a cada ano que passava, tornarem-se menores, literalmente, gastas, por mil ave-marias ... 
Para minha avós, não tinha dia da mulher, todo dia era dia de alimentar a família numerosa, em alma e espírito. A vocês, onde quer que estejam, um Feliz Dia da Mulher.
Às fabulosas mulheres da minha convivência - guerreiras de carteirinha: muitos dias felizes, muitos sóis, muitas luas, muitas águas,muitas almas, menos tédio, menos remédio, menos desamor, menos despropósito, menos razão, mais coração.
Foto: Flor de verão - Janete Nodari

quarta-feira, 2 de março de 2011

As rosas vão voltar

Existe um lugar, no Bairro Cidade Alta, onde quem já não posou para uma foto, ainda vai fazer isso um dia. Esse lugar recebeu nova denominação: Praça Rui Lorenzi, mas, para nós, é a Praça das Rosas. Quem transita por lá tem um só sentimento: o lugar perdeu a identidade. Cadê as rosas?
                        Ficaram apenas alguns canteiros com roseiras esparsas, pouco resistentes às chuvaradas de verão. E, não é raro, ver-se porções de terreno sem flores, à espera de uma sobrevida que, com certeza, virá.
                       Tenho pressa. Para ver os canteiros floridos. Não é egoísmo. É que no local, sempre há um grande número de turistas, que vêm na carona do passeio de maria-fumaça. Além disso, os moradores merecem uma pracinha com bancos, parquinho e tudo o que se tem direito. Até uma bandinha recebendo os visitantes iria bem!
                  É preciso coerência; pois, se pensarmos bem, a frente da Matriz Cristo Rei está na saída da cidade. E o que se vê, quando se chega é o avesso e um banheiro público.
                   A boa notícia é que a praça será revitalizada. As rosas vão voltar e, com elas, o colorido que, um dos pontos turísticos e históricos mais importantes de Bento Gonçalves, merece.
 Foto: Praça das Rosas nos anos 1970 - Acervo da Família Nodari