Sejam bem-vindos (as) !!!!!!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Meninos do mundo

 Para o Gui e o Gio
O mundo espera pelo menino
Dando voltas e mais voltas
Projetando os sonhos
Definindo o mapa da vida
Que lugar é este?
Cheio de gente, carros e concreto
Cadê o parque pra brincar?
A árvore pra subir?
O galho pra quebrar?
O balanço pra balançar?
O menino sorri para o mundo
Pela frente um trajeto
É só girar o globo
E escolher um cantinho
Gira logo o globinho...
Você é um menino do mundo
Aproveite o caminho...

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Livros na praça

O poeta catarinense Lindolf Bell (1932-1998), certa vez, imitando os naufrágos, engarrafou seus poemas e os jogou nas águas do Rio Itajaí-Açu. Corria o ano de 1994, quando fiquei sabendo desse episódio. Atônita...pensei...em que rio vou atirar meus poemas? O tempo passou...a idéia persiste...me aguarde...Rio das Antas... sonhos possíveis...
Mas, falando em água...São Pedro abriu as comportas bem no horário de abertura da 26ª Feira do livro de Bento Gonçalves. Um ingrediente a mais... na emoção das crianças do coral...nas palavras de Pedro Júnior, nas apresentações de danças árabes e na água da chuva desenhando letras na cancha de esportes da Praça Centenário, novo local da feira...um labirinto....com saída para a cultura, claro.
A feira está linda iluminada à noite. Vamos esperar um solzão para que a ilumine muito mais.
Passarei pela minha 26ª Feira, resgatando detalhes de todas: as barracas na Marechal Deodoro, os guarda-sóis de 1993, a feira grande de 2001, junto à Expobento, as feiras na Rua Coberta, um luxo!Agora, os livros voarão para a praça...de onde nunca deveriam ter saído

Colmar Duarte, Patrono da 26ª Feira do Livro de Bento Gonçalves, a menina Maria Eduarda Cândido do coral de Faria Lemos e esta blogueira na abertura da feira. Voe alto, leia...
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terça-feira, 3 de maio de 2011

Testemunha da emigração

Giulio Lorenzoni – testemunha da emigração

O homem e a família

Giulio Lorenzoni nasceu numa fração da cidade de Maróstica, Vilaraspa, na Itália e veio para o Brasil, com sua família, seus pais e dois irmãos. Na época da emigração, 1878, ele tinha catorze anos. O navio que os trouxe, chamado "Colombo", aportou primeiro na ilha de Santa Cruz, perto de Florianópolis, depois vieram para o Rio Grande e se estabeleceram no núcleo que é hoje a cidade de Silveira Martins. Ele casou-se muito jovem, com Josefina Righesso, também filha de emigrantes e trabalhou na construção da estrada de ferro que passava por Santa Maria.

O trabalho

 Quando lhe faltou trabalho, porque as obras da estrada pararam, mudou-se para Bento Gonçalves, então, a Vila Dona Isabel, fundada por colonos tiroleses. Aqui, seguiu todas as etapas do crescimento da cidade. Primeiro, como professor dos filhos dos imigrantes na Escola Italiana, depois como agente dos correios e, finalmente, como Oficial do Registro Civil, quando da Proclamação da República em 1889. Permanecendo no cargo até o início da década de 1930, data de sua morte.



A  imprensa


Em 1910, portanto, há mais de um século, com o Dr. Casagrande, o Dr. Batocchio e outros pioneiros fundou o primeiro jornal em português e italiano, "Il Bento Gonçalves". Eles queriam reunir esforços e trabalhar no interesse dos moradores daqui. Quando de sua viagem à Itália, em 1913, apesar de todas as promessas que lhe haviam feito, o jornal passou para outras mãos e não prosperou.

O escritor


Como testemunha da viagem e do desenvolvimento das comunidades, constituídas pelos integrantes das levas de imigração, Lorenzoni deixou suas memórias que se constituem num dos mais preciosos documentos da História de Bento Gonçalves. Citadas em todos os eventos em que se celebra e se estuda a imigração italiana no Rio Grande do Sul. A narrativa emocionante de sua viagem por mar, da Europa para o Brasil é um documento histórico que conta o que aconteceu até 1915. Lorenzoni não teve tempo de reconstruir a História mais adiante. Deixou o manuscrito em três cadernos grandes, que são as três partes em que se divide a obra. A primeira edição foi editada, em 1975, por ocasião do Centenário da Imigração Italiana. Na edição bilíngüe a sair, apresenta-se, no mesmo volume, o texto original tirado dos manuscritos e a tradução em vernáculo.
Fonte: Padre Aldo S. Lorenzoni



No próximo dia 19 de maio, será lançado o livro Giulio Lorenzoni - Memórias de um emigrante italiano, em edição bilíngue, na 26ª Feira do Livro, às 18 horas, na Praça Centenário, em Bento Gonçalves.



Rosas de maio

Alguma coisa acontece no meu coração
quando chega maio:
são as mensagens nos cartões,
são os comerciais que apresentam mães
e filhos perfeitos,
são as rosas nos jardins.
Alguma coisa acontece no meu coração,
quando chega maio:
é um olhar eternizado na foto da parede,
é um riso sublime que me persegue
pelos cantos,
é um rio sereno,
é um cheiro de bolo para sempre no ar,
é um ponto de tricô desfeito.
Alguma coisa acontece no meu coração, quando chega maio:

é uma tempestade que levou nosso barco,
é uma casa vazia,
são as rosas de maio
avisando-me que é tempo
de acomodá-las sobre a lápide de minha mãe,
é a ternura de Maria,
lembrando-me das flores,
no altar,
no segundo domingo de maio.