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sábado, 17 de março de 2012

A "nonna" que todos nós queríamos ter

A italiana Enrica Pasianot é uma figura extraordinária. No alto de seus 100 anos, ela posou para as fotos, na noite do lançamento do filme que conta a vida dela. O documentário de 12 minutos, tem a direção de Fernando Menegatti e conta como a "nonna" atravessou o século, com detalhes de duas guerras e a travessia do Atlântico até a América. O que é que achou??? É para os fortes ou não é???
Ela foi aplaudida durante vários minutos. A sala de cinema da Casa das Artes lotou. Lindo de se ver.
D. Enriqueta acolhia a todos. Eu fiz questão de cumprimentá-la. E ela me disse, em italiano, tenho 90 anos. Olhei para a filha dela. Ela disse ,às vezes, a mãe se atrapalha na idade.
Gente, que delícia parar de contar os anos.
D. Enrica parou de contar a idade nos 90.
Enrica Pasianot: a " nonna" q todos nós queríamos ter
Assim com seu cabelinho branco, ela me lembrou a poetisa Cora Coralina. Mais uma das fortes, que começou a escrever já bem velhinha, depois de uma vida de luta, inclusive com um casamento desastroso que ela carregou corajosamente e, só após a morte do marido, conseguiu se ver em sua enorme e verdadeira dimensão, como mulher e como poeta.
Para essas mulheres maravilhosas, o meu respeito.

A vida tem duas faces:
Positiva e negativa
O passado foi duro
mas deixou o seu legado
Sab
er viver é a grande sabedoria
Que eu possa dignificar
Minha condição de mulher,
Aceitar suas limitações
E me fazer pedra de segurança
dos valores que vão desmoronando.
Nasci em tempos rudes
Aceitei contradições
lutas e pedras
como lições de vida
e delas me sirvo
Aprendi a viver.
Cora Coralina

quarta-feira, 7 de março de 2012

Margaridas, rosas e orquídeas

Você regou a flor
Ela, agora, está viçosa
Mais bonita.
Sempre à espera de seu jardineiro
Para regar mais
No jardim,
Ela se deixa embalar
Pela brisa.
A partir de agora,
Não há tempo ruim,
Nem ventos fortes
Que a destruam.
Você regou a flor.
Ela se abriu pra você.
A cor de suas pétalas.
O perfume da flor está no ar.
Se vier a tempestade,
Ela já sabe
Não há mais nada a temer.
É se reerguer
E olhar para o céu.
Você contempla a flor
E ela se abre pra você.


 8 de março, Dia Internacional da Mulher, a todas as mulheres ...  às margaridas faceiras no auge de seus dezoito anos, às rosas maduras e às orquídeas fabulosas que esperam para se mostrarem inteiras e ao nascerem em lugares inóspitos ficam ainda mais belas

terça-feira, 6 de março de 2012

O pianista

Da Ópera do Vinho ao meio da praça e no estádio de futebol. É Rodrigo Soltton ao piano.
Ele nasceu Rodrigo Salton Schneider. Filho de Sérgio e Dora Schneider. Em 2007, para obter uma marca própria e única, faz um estudo numerológico e adota o nome artístico de Rodrigo Soltton.
Desde 1999, morando em Bento Gonçalves, Soltton veio para acompanhar a cantora de músicas italianas, Ines Rizzardo. O pianista, natural de Novo Hamburgo, já levou sua música para os estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Espírito Santo, Rondônia e, claro, todo o Rio Grande do Sul. Além de, em janeiro, deste ano, ter se apresentado na inauguração do Cassino Rivera no Uruguai. Esta apresentação e a execução da Ópera do Vinho são alguns dos momentos ímpares na vida do músico. “O sucesso nada mais é do que você repetir o bem feito”, diz Soltton. Ele acaba de lançar o single “Em qualquer lugar”. “É um som que vem ao encontro do que a galera está ouvindo, mas é uma melodia diferente”.
 Para ele, o Brasil, vive uma triste realidade na música: valorizar os clichês. “Hoje o que é moda é fazer uma dancinha,” observa.

Aos três anos, ganhou do avô Walter (in memoriam) um cavaquinho. Aos oito, iniciou aulas de violão. Aos onze anos, entrou para o Instituto dos Meninos Cantores de Novo Hamburgo (Canarinhos), levado pela mãe. Permaneceu por oito anos estudando como instrumento principal o piano e, como complemento, flauta, violino, cello, teoria musical, história da música, harmonia funcional, contraponto, composição, regência, canto coral, música de câmara, teclado e técnica vocal. Participou do Coral Show Canarinhos como solista, tecladista e apresentador e também do Coral Canarinhos onde foi soprano, contralto e tenor. Hoje, tem um repertório que vai desde Os Serranos a Elton John, com uma pitada de samba. “O que vale é a música coração”, enfatiza Soltton.

Piano móvel

O pianista e  esta blogueira
O pianista da rede de Hotéis Dall´Onder esbanja simpatia e diz gostar muito da cidade que ele escolheu para viver: Bento Gonçalves. “Temos muito por fazer aqui.” Com essa afirmação, o artista ressalta que já se considera bento-gonçalvense. Casado com Juliana Pompermayer, pai de Vitória, 14 anos, do primeiro relacionamento, Arthur, 4 e Eduardo, 6 meses, a trajetória de sucesso como músico, cantor, compositor e pianista vem embalada pelo piano desmontável, que ele mesmo criou.“ É uma invenção minha, para ter mais mobilidade. O molde é meu antigo piano de cauda”, conta Soltton. Ele acrescenta que essa facilidade de “carregar o piano” até a rua, leva a música ao povo e aos visitantes. E, não se enganem, o povo sabe o que é boa música.