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terça-feira, 23 de agosto de 2011

Um barril, uma pipa, uma mesa

Contemporânea: que é da época atual. Assim, descreveu-se a Casa Brasil 2011, realizada de 2 a 6 de agosto em Bento Gonçalves. Entre o design e a produção de um móvel contemporâneo, passa-se por um túnel.
E a luz no fim do túnel eu vi,quando visitei o showroom da Empório Arredo. A princípio, a curiosidade. Depois, as velhas aduelas que formavam a decoração e, por fim, os móveis confeccionados de material de demolição de casas antigas da região da imigração italiana e de velhas pipas e barris. Um respeito a história ou o caminho da sustentabilidade? O designer Leonardo Magna criou mesas de pipas que foram descartadas e deixou nelas as marcas do tempo. E quantos mais sinais de que a história passou por aí, melhor. Confesso: meus olhos brilharam.
Em um segundo, toda a minha vida passou pela minha mente. Minha memória afetiva ouviu o som da marreta de meu nonno Taffarel, tanoeiro experiente, um tipo forte, de olhos azuis, apaixonante, que dedicou a vida a produzir pipas. Os sons, as cores, as dores eferveceram sobre as ideias de estilo contemporâneo. E lá estava eu a contar a trajetória de meu avô à proprietária da empresa Alessandra Salton. Misturaram-se os sentimentos de orgulho por meus nonnos serem ambos tanoeiros e de nostalgia, pois nossa criação foi de que daí vinha o sustento da família. E agora?
Aí estavam os pedaços de pipas, com a cor do vinho incrustrada e eu com uma série de perguntas no ar?
O rústico é o belo? O belo é o rústico? 
Me respondam vocês, queridos visitantes do blog. Não sem antes, dar uma espiada na foto e se deliciarem com a beleza in natura.

sábado, 6 de agosto de 2011

O rótulo de Dal Piaz

  • Talentos brasileiros do contrabaixo reuniram-se na Casa das Artes em Bento Gonçalves nos dias 19 e 20 de julho de 2011. A cidade recebeu o IB&T Bass Festival Pezo Bass System. Numa iniciativa do realizador do evento, Mauro Zini, os músicos Ale Carminatti Trio, Nenê Fragata,Filipe Marks, Henrique Fontoura, Adriano Giffoni, Banda Escola Play Music com Ronaldo Lobo, Cléber Viana Quarteto, Tiago Andreola, Joel Moncorvo e Celso Pixinga foram brindados com uma garrafa de vinho Valmarino com um diferencial: o rótulo foi uma criação do artista plástico Delmar Dal Piaz. Segundo o desenhista e estudante de Música, a ilustração é uma homenagem aos baixistas brasileiros.

Artista plástico Delmar Dal Piaz e esta blogueira

terça-feira, 2 de agosto de 2011

O perfil do maestro

Geraldo Farina 

O talento para a música já fazia parte da infância do maestro Geraldo Farina, 62 anos: o avô, o imigrante Giovanni Rigo cantava trechos de óperas. Farina, por sua vez, aos 17 anos, já estava à frente do Coral do Seminário Capuchinho Nossa Sra. de Fátima, de Ipê, regendo sua história. Casado com Leniz Sostizzo Farina, é pai de Marcus Vinicius, 35, Diogo, 33, Cassiano, 30, e Camila, 29 anos, e avô de Patrick, Luccas e Francisco. Conheça a trajetória desse paizão musical.
Corais
Sob a batuta de Farina estão o Coro da Longevidade e Coral Medianeira de Veranópolis, Coral do Hospital Tacchini, Coral do Vale dos Vinhedos, Coro Caminhos de Pedra, Coral Nossa Sra. De Caravaggio, da Frinal, de Garibaldi, Coral Municipal de Nova Roma do Sul, Coral Trentini de Santo Antão, Grupos de Flautas de Faria Lemos e Santa Tereza.  Com a vinda dos pontos de cultura, Farina também dá assessoria na técnica vocal e canto em Tuiuty.
Todas as segundas-feiras, o maestro ensaia em Veranópolis e Garibaldi. Na terça, é a vez das flautas de Faria Lemos e do Coral Tacchini, na quarta-feira, em Santa Tereza, e à noite, nos Caminhos de Pedra. Na quinta-feira, Farina trabalha em Tuiuty e Vale dos Vinhedos e, na sexta-feira, em Nova Roma do Sul. Na agenda, ainda há os ensaios, preparação de partituras e concertos, organização de repertório, solenização de missas, composição de arranjos... e ufa! Ouvir música erudita, popular, folclórica e ler, ler e ler. Afinal, o maestro não abre mão da leitura diária.  

Trajetória
Farina nasceu em Ibiraiaras e mudou-se, ainda criança, para Nova Prata. O primeiro contato com a música foi no Seminários dos Capuchinhos em Vila Flores, Veranópolis e Ipê. “Paralelo aos estudos, havia um tempo considerável para os aficcionados se dedicarem à música, especialmente ao canto coral”, lembra o maestro. Aos 20 anos, saiu do Seminário veio a Bento Gonçalves completar o Curso Clássico no Colégio Mestre Santa Bárbara e Letras na FERVI. Foi contratado para lecionar Música em Guaporé. Ao conhecer a namorada Leniz , nas férias , em Nova Prata, optou por morar naquela cidade. “Passei a estudar intensamente música. Estudei em Porto Alegre, Brasília e fiz vários cursos de extensão universitária na área da regência coral. Ao me aposentar do magistério, passei a me dedicar de corpo e alma ao canto coral, do qual sou convicto seguidor”, enfatiza.
Farina orgulha-se de ter fundado uma dezena de coros na região, nos municípios de Nova Prata, Veranópolis, Cotiporã, Vila Flores, Bento Gonçalves e Garibaldi. Dedica-se também à cultura italiana e demonstra orgulho por ter tido mestres como, o frei Rovilio Costa e o maestro italiano Giuliano Rinaldi.  Em 1995, foi convidado por Tarcísio Michelon para assessorar a organização do Projeto Caminhos de Pedra. “Administrei os restauros e puxei a parte artística”, diz.
 Vocação
”Cuida bem do maestro”. Foi o que pediram os integrantes do Coro da Longevidade de Veranópolis  à  esposa do maestro, Leniz . “Os  coralistas não perdem um ensaio, é o programa da semana obrigatório. Já ficou comprovado  que os participantes reduziram  remédios e  estão com a autoestima elevada”, diz Farina. Ele conta ainda que um dos coralistas, de 87 anos, mesmo de bengala, raramente falta aos ensaios e apresentações.
Família musical

"Meus filhos foram criados em um ambiente musical bastante intenso, ouvindo música erudita e popular e, frequentemente, me acompanhando nos ensaios e apresentações, em meio a teclados, violão e palcos,” lembra Farina.  Atualmente, Camila, Cassiano e Diogo formam o Acústico Farina e se apresentam em feiras, casamentos, festas, eventos diversos, bares, casas especializadas. “O que mais quero é que mantenham essa herança de família”.

Uma igreja em estilo gótico

Nos anos 1950...


Em janeiro de 1949, foi assinado o decreto de
 criação da Paróquia de Cristo Rei, na Cidade Alta, em Bento Gonçalves. Foi nomeado como primeiro vigário, o Pe Rui Lorenzi. Sob a liderança desse pároco, iniciaram-se as obras da Igreja, em setembro do mesmo ano, com projeto de Bernardo Sartori  em estilo gótico moderno. A responsabilidade técnica foi do engenheiro Heitor Mazzini de Garibaldi.
Em 1951, a comunidade iniciou a colocação de tijolos. No ano seguinte, houve a campanha das telhas. Em 1953, chegaram os quatro sinos. A Igreja Matriz Cristo Rei foi inaugurada em 1954. A decoração interna é de autoria de Emílio Zanon de Guaporé, sob patrocínio de Luiz Matheus Todeschini.  Os vitrais, de Benta Schimidt de Porto Alegre. Quatro vitrais foram colocados em data posterior, em 1973, nas janelas das capelas à entrada da igreja e sobre o portal.

Hoje
A Igreja Cristo Rei vai ganhar novas cores. Dentro do projeto “Tudo de cor para Igreja Cristo Rei”, da PróCor Tintas,  contando com o envolvimento da comunidade na escolha da cor. A mão-de-obra será custeada pela paróquia. Com obras em andamento na Praça Rui Lorenzi, (Praça das Rosas) por parte da prefeitura, foi viabilizada uma ação para dar nova cara à igreja.
 A comunidade tem três opções de cores apresentadas pelo projeto que podem ser votadas via internet, no site da empresa (www.procortintas.com.br). Também serão colocadas urnas na igreja, escolas e estabelecimentos comerciais.
Fonte: Cidade Alta – Raízes de um povo de Itacyr Luiz Giacomello
Foto: Francio