Sejam bem-vindos (as) !!!!!!

domingo, 15 de dezembro de 2013

As lágrimas e as rosas


 As primeiras famílias de imigrantes que chegaram a Bento Gonçalves, chegaram em uma véspera de Natal.  Eram 20 famílias. Quando se deram conta de que estavam em uma nova terra, desejaram passar a noite de Natal, no lugar onde iriam construir suas vidas. Deixaram a alfândega, em Porto Alegre, e rumaram para Bento Gonçalves, antiga colônia Dona Isabel. Ao chegarem na esplanada, onde hoje está a Praça das Rosas e a Igreja Cristo Rei, as mulheres utilizaram os lençóis para construir tendas, abrigando-se da noite. Eram jovens famílias que precisavam sentir-se aninhadas, por isso o episódio ficou conhecido como “a cidade  branca”.
 Não se sabe quanto tempo eles permaneceram no campo aberto, onde hoje está a praça das Rosas e a igreja Cristo Rei mas, o que se sabe, é que eles escolheram o planalto para poder avistar ao  longe, para ter horizontes...
E, pelo jeito, a intenção deu certo. Porque vivemos em uma das cidades mais desenvolvidas do Brasil. As mulheres dos primeiros imigrantes que chegaram, na esplanada, onde está a praça das rosas derramaram lágrimas por uma vida melhor.
Temos um exemplo mais recente, as mães haitianas que deixaram seus filhos no Haiti e moram , hoje, em Bento também secam suas lágrimas com a ajuda que chega para que elas revejam os filhos...

 Mal sabiam elas ou mal sabem elas que, onde derramaram  e derramarão lágrimas, nascerão rosas de todas as cores.

Boas Festas!


domingo, 1 de dezembro de 2013

Destino de casamento


Você sabia que dezembro é o mês dos casamentos. Isso mesmo, dezembro deixou maio para trás. Para celebrar o começo de uma nova fase, alguns casais preferem atravessar fronteiras e planejar o casamento em cidades ou países diferentes, longe de suas cidades de origem. A opção de casamento, conhecida como destination wedding, destino de casamento - é uma tendência crescente. Por aqui, o destino mais escolhido pelos casais é o litoral catarinense, baiano. No exterior, os destinos preferidos são Caribe, Ilhas Maldivas, Itália e França. O casal pode oferecer aos convidados apenas a festa no lugar escolhido ou arcar com todos os custos, desde o transporte até a hospedagem.

Os motivos podem ser ligação afetiva com algum lugar ou o sonho de se casar em algum cenário específico. Muito comum na Europa EUA e o Japão, esta tendência está cada vez mais forte aqui no Brasil, afinal temos tantos lugares lindos, somos tão festeiros, que tal viajar com os amigos e família para celebrar algo especial? 

E adivinhem qual o cenário escolhido por aqui Vale dos Vinhedos e a cidade de Monte Belo do Sul para ser destination wedding.
É isso aí...
Nosso belíssimo vale, está entre os destinos preferidos para casamentos, porque dispõe de paisagens, culinária e vinhos lembro que, quando criança, aos domingos, íamos até a Graciema, na casa de parentes de uma tia minha ... para comer uva...nossa!! Parecia ser uma longa viagem, longeeeee

Mas as uvas oferecidas e o espaço para brincar valiam uma tarde de domingo. Eis que agora, além das vinhedos familiares, dos hotéis e cantinas pode-se ver, quem sabe,  uma noiva fazendo fotos entre os vinhedos e os lírios. Um futuro brilhante para o enoturismo  e para  as duas pessoas que escolheram viver seu sonho no Vale dos Vinhedos!!

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Caminho de serragem


O presépio é talvez a mais antiga forma de caracterização do Natal. Sabe-se que foi São Francisco de Assis, o primeiro a usar a manjedoura com figuras esculpidas formando um presépio, tal qual o conhecemos hoje. A ideia surgiu enquanto o santo lia, numa de suas longas noites dedicadas à oração, um trecho de São Lucas que lembrava o nascimento de Cristo. Resolveu então montar um presépio em tamanho natural, em uma gruta de sua cidade. Desde então, os presépios foram se tornando cada vez mais populares e, além da figura do Menino Jesus deitado na manjedoura, Maria e José, temos pastores, os Reis Magos, a estrela e os animais.
 Sabe quais eram os diferenciais dos presépios da  nossa infância? Nós íamos buscar serragem ....isso mesmo, serragem – pó de madeira serrada - na tanoaria do nonno Taffarel, onde ele fabricava barris e, aí, tínhamos a matéria-prima para fazer os caminhos do presépio de nossas vidas.
Quem sabe possamos ver, neste Natal, mais presépios nas casas e nas vitrines. E  na Via Del Vino, as pinturas de artistas plásticos feitas em barris! Temas que nos remetem à infância: Natal, presépio e, no meu caso, neta de tanoeiros, os barris. Vai um quintanares aí?!
O tempo
 Mário Quintana
A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é Natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.

sábado, 5 de outubro de 2013

123 anos de aventuras

" Para as colinas que fogem do poema, vejo-me chegar...assobiando ao longe ao que ainda me pertence."
Oscar Bertholdo
Os aventureiros são pessoas ousadas. Se arriscam. Eu os admiro. Da minha parte, nem roda-gigante me atrai. Ao saber da abertura de um parque de aventuras, na Linha Eulália, em Bento Gonçalves, lembrei-me
das pessoas ( me contaram, eu nunca vi) que atravessaram a pé, de bici ou de moto os arcos da Ponto do Rio das Antas. Coragem!
Mas, agora, diante dos esportes radicais, sabemos que há gente corajosa. Adooooro!
Por isso, quero mencionar aqui os aventureiros. Especialmente, aqueles que atravessaram mares. Estou falando dos pioneiros. Dos imigrantes, em sua maioria italianos, que aqui chegaram há 123 anos.
Aqui, em bento Gonçalves.
Poderíamos até dizer que , em busca de aventuras. Será??
Muitos nem conseguiram completar a travessia.
Aos que decidiram ficar, a minha homenagem. Graças a eles, e, aos que migraram, e isso acontece, todo o dia -  sabemos que os números da população de Bento, mudam a cada seis meses - somos essa cidade próspera!
Eu sei de dois aventureiros que decidiram ficar. Graças a eles , euzinha estou aqui!!
Meu avô paterno migrou da cidade de Antônio Prado, passou por Caxias e se decidiu por Bento.
Meu avô materno, tinha sonhos, desejava saber o que havia além da localidade de Pulador ( hoje União da Serra) e partiu. Detalhe: sem a bênção paterna. Uma audácia para a época. Somente acenou para a mãe, que da janela do sótão da casa o enviou com uma bênção...para Bento Gonçalves.
Ambos eram tanoeiros.Que orgulho!
Os primeiros a confeccionarem pipas e barris para as cantinas.
Tudo isso , claro, com a força das minhas avós...eheheheh
Bento - anos 1960
Qual a sua parte na história de Bento Gonçalves?
Chegou há pouco?
Sempre viveu aqui?
Fez o mesmo caminho dos primeiros que aqui chegaram?
Saiba que está vivendo uma grande aventura, então!
Parabéns, Bento Gonçalves, nos seus 123 anos!
Minha terra!
Terra de meus filhos e de quem mais vier

Você pode dizer
Que sou um sonhador
Mas não sou o único
Tenho a esperança de que um dia
Você se juntará a nós
E o mundo será como um só...

Lennon

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Ponto de vista

Daniel Picoloto Bernardini é deficiente visual total. Aos quatro anos, ganhou do avô o primeiro acordeão. A partir daí, aprendeu, “ de ouvido”, outros instrumentos, como violão, teclado e contrabaixo.  Está retornando aos palcos com a formação de um novo grupo musical. E tem mais, além da música, a vida de Bernardini é intensa, ao lado da mulher Cláudia Gaspari, também deficiente visual, do amigão Rama, um cão-guia de cinco anos, dos associados da Associação de Deficientes Visuais de Bento Gonçalves (ADVBG) e dos colegas da Rádioweb Ponto de Vista. Aha! Ele está cursando duas faculdades: Administração de Empresas e Análise de Sistemas.
 O músico bento-gonçalvense de 32 anos, estudou na Escola Estadual Bento Gonçalves da Silva até a quarta série. “Na época, havia a sala de recursos para pessoas com deficiência visual. Lembro da professora Clarice Roncatto Galiazzi, e também, do reforço escolar, que eu fazia, na parte da tarde, com a professora, Sandra Mara Marodin Ferreira, na Associação dos Deficientes Visuais, que, aliás, está completando 30 anos, este ano,“ diz Bernardini. Essa afirmação vem de quem realmente integra-se à entidade. Ele é vice-presidente da ADVBG (que presta serviços de habilitação e reabilitação de pessoas com deficiência visual, reforço escolar, além da inserção do deficiente no mercado de trabalho). Ele recebeu muito incentivo da mãe Elizabeth Dutra Picoloto. Os brinquedos com sons diferentes e a primeira gaitinha amarrada à cadeira são lembranças da infância. “Meu ouvido musical correspondeu,” acrescenta. Ele também é presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência (COMUDEF), entre outros cargos. Nessa agenda, ele deixa um tempo para ensaiar e recriar o repertório de música nativista. Bernardini já teve um estúdio de produção musical. ”A ideia é recomeçar aqui em Bento, em uma nova parceria musical com mais quatro amigos, compondo o grupo Andanças Gaúchas,” acrescenta ainda.

Um período muito importante da vida de Bernardini foi quando passou a residir em Balneário Camboriú. “Lá, eu tocava em bares, clubes e festas. Nos anos 2000, foram montados palcos em toda a orla, com diversidade de culturas. Eu representei a cultura gaúcha,” recorda o músico. Com inúmeros prêmios obtidos em rodeios e festivais de cultura, Bernardini faz questão de citar os instrumentalistas, Renato Borghetti, Dominguinhos, Albino Manique, Edson Dutra e Luiz Carlos Borges como suas referências. Além, é claro, dos pais e avós, especialmente, o avô materno Arcelino Picoloto - colecionador e apaixonado por acordeões - desempenhando papel importante em seu desenvolvimento musical.

Ponto de Vista
Bernardini sempre trabalhou com Informática, realizando manutenção de computadores. Foi instrutor do SENAI, ministrando cursos e palestras em diversas cidades. Ele é cedido da Prefeitura para a Associação. No momento atual, vem trabalhando também na Rádio Ponto de Vista, projeto de sua autoria e vinculado à marca cultural da instituição. A emissora é utilizada como laboratório. Futuramente, uma forma de autossustentação. “Sempre gostei muito de rádio e sempre tive contato com a comunicação através do rádio-amador que me serviu como base. Esse é um projeto que tem muito a expandir. Já temos, na programação, um quadro de relatos de viagens, um programa de debates com o advogado e Procurador da Fazenda Nacional, em João Pessoa, Genésio Fernandes Vieira, com temática sobre os direitos das pessoas com deficiência, e um programa de músicas gaúchas, a partir das 17 horas, com o colaborador Saulo Scarmagnan. Através da internet, podemos alcançar um público diverso em qualquer lugar, bastando estar conectado, o que torna este tipo de emissora muito interessante,” enfatiza.
Quanto ao mercado de trabalho, ele é categórico ao afirmar que é necessário conscientizar o empresariado. Existe uma lei de cotas para as empresas admitirem pessoas com deficiência. “ Para o cego ou o “ baixa visão” em si, é mais crítico, porque entra a questão do preconceito,” diz.
Ele afirma que, “não existe desculpa, nem para o empregador, nem para o empregado, com tanta tecnologia, todos podemos desenvolver nossas atividades. Há treze anos, quando eu comecei, no escritório da Mobel, fui aprendendo aos poucos, hoje, temos um aplicativo no telefone celular com detector de cores, de dinheiro, de objetos, de código de barras. É uma ferramenta essencial. Além do programa de computador JAWS, leitor de tela.”
Uma relação de amizade e trabalho
Bernardini é o único cego, em Bento Gonçalves, usuário de cão-guia. O labrador de cor preta, que o acompanha, chama-se Rama e, de uma ninhada de dez filhotes, foi um dos três, a apresentar personalidade adequada para tornar-se cão-guia de cego: liderança e submissão. No Brasil, existem somente 80 cães.
Rama foi entregue a Bernardini, há cinco meses, numa readaptação envolvente. Geralmente, eles têm apenas um dono. No caso de Rama, Bernardini é o segundo usuário. O primeiro foi o professor Álvaro da Silva, já falecido. Uma referência na vida de Bernardini. “Concluí o ensino fundamental e Cursei o Ensino Médio, em Santa Catarina, tendo o Álvaro, também cego, como professor. Um grande amigo,” relata. Ele complementa que, Rama acompanhava o professor Álvaro da Silva e ficou muito mal com a perda do dono. Precisou se readaptar.
Voltou para a Escola de Treinamento Helen Keller, única no Brasil, localizada em Balneário Camboriú, Santa Catarina. O instrutor Fabiano Pereira lembrou-se de que Bernardini tinha as mesmas características do primeiro usuário, como, a altura e o  jeito de andar, e escolheu a nova dupla. “A relação de amor, de carinho e de amizade, criamos depois,” complementa ainda Bernardini.
Ele destaca que, apesar dos problemas de acessibilidade que temos em Bento e do relevo acidentado, está sendo muito legal essa parceria. “Rama foi treinado para não se dispersar. As pessoas, aqui, sabem e entendem. Somente quando ele estiver com o equipamento de trabalho, peço, por favor, que não passem a mão e não distraiam o cão. Ele pode se colocar em situação de risco, e deixar o usuário também em situação de perigo. O que seria ruim para ambos, já que é um cão de trabalho e faz isso com muita alegria, respondendo a comandos. Nos momentos de descanso, Rama pode brincar livremente como qualquer cão. Vivemos uma relação muito forte,” finaliza Bernardini.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Pagode e música gaúcha

Do tradicionalismo ao time do coração. Do pagode à música gaúcha.  Da solidariedade à admiração do público. Essa é a trajetória de Altair Fernandes - o Feijão.  Confira.
O artista Altair Fernandes considera-se uma figura folclórica na cidade de Bento Gonçalves. Ele anda sempre “ pilchado”, possui uma coleção de cerca de 13 pandeiros e orgulha-se de, como músico e DJ, proporcionar formação universitária às filhas. Outra superação, é ter vencido o alcoolismo. Assunto do passado, mas que o faz lembrar da mãe Natalina, que perdeu  quando tinha 12 anos, e também, da mãe de criação: Judevina. Para o mundo, ele é o torcedor símbolo do Sport Clube Internacional.
E – acima de tudo - tradicionalista.  “Bombacha tem que respeitar,” diz o músico de 56 anos. Há 30, sendo personagem atuante no cenário turístico do município, protagonista em shows no Hotel Dall´Onder e nos passeios de Maria-fumaça. Ele acrescenta que “ não foi à toa, que chimangos e maragatos lutaram por esse Estado. Tenho o maior orgulho de ser gaúcho.”

Pagode, samba e música gaúcha
Fernandes lançou um CD e tem participação em mais oito. Também esteve nos Festivais Regionais da Canção, realizados, nos anos 1980, no Ginásio de Esportes, recebendo premiações. Ele lamenta, que não existam mais eventos como esses. Fernandes recorda que foram reuniões em casa de amigos, como Manuel da Rosa e Marlene Correa, que o motivaram a tocar e cantar. Daí em diante, ele participou do Grupo Urbano, com apresentações no Bar Parada 17, localizado no centro da cidade. “Fui o criador do primeiro grupo de pagode de Bento, O Pagode do Feijão”, acrescenta ainda. Além disso, fez parte dos grupos Chorinho, Tarantella, Bento Gonçalves e Cambicho. No Bloco Carnavalesco “ Broko da Broka”, ele compôs um samba em homenagem a Via Del Vino.
 “ Tu conheces a história do Feijão Noel, guria? Vou te contar...”
Agregando a solidariedade à vida de músico, tradicionalista e ex-vereador, ele criou o Grupo da Terceira Idade “ Tia Luiza “. Mas, é, em uma  data especial, que ele se emociona. “Todos os Natais, no final do dia, eu visito os doentes no hospital. Distribuo balas. Vou lá de Feijão Noel e vejo a emoção das pessoas que, até então, tinham passado o Natal sozinhas,“ enfatiza.


quarta-feira, 10 de julho de 2013

A vovó tá na academia

A vida vem na sequência. Sol, chuva. Verão, inverno. Noite, dia. Semente, flor. Alicerce, telhado.
Amar, amor. Mãe, filho. Filho, neto. É isso. Vamos direto ao assunto. Vou ser vovó. Notícia boa. Saborosa. Seja bem-vindo, bem-vinda ao século XXI! Tu és o amor de teus pais...teus tios, tua avó.

Ai, meu Deus, eu, avó??
As lembranças do Pito e da Bibi pequenos, vem à mente, entre uma infância, numa cidade, em que se deixava os filhos brincarem nas calçadas. Meu filho, aos 6 anos, ia no mercado pra mim. Na saída da escola, o esperava do outro lado da Osvaldo Aranha. As cercas começaram a aparecer nas casas da vizinhança, brincar, na casa da vó, era bom...
Eu, vovó?? Adooooro. Tenho mil poesias pra te dar!! Mil beijos, mil abraços!! Algumas histórias, quer ouvir?

Aha...te contarei desde os clássicos, até minhas crônicas afetivas. Tu já fazes parte delas!
Somente, dá um tempo para a vovó. Uns minutos, para atualizar o Face, o Blog, conferir os emails, dar um alozinho no chat, passar as fotos... aha, vovó volta logo. Ela  foi até a academia.

Tem também um café com as amigas, com os amigos ( se a mamãe deixar, tu vens junto, claro) Aha...por enquanto, na balada, com a vovó, ainda não, tá???!!!
Mas, comigo estarás, quando viajarmos pelo azul da alma, o colorido das flores, o verde das plantas, uma pracinha com rosas, uma bicicleta com rodinhas...

Quando o sol se pôr no horizonte... dormirás com teu anjo da guarda e com o carinho dos teus papais.
Nós te amamos!!
Primeiro uniforme do papai


quarta-feira, 3 de julho de 2013

De gaita e cuia


O acordeonista bento-gonçalvense, Ezequiel Wagner De Toni já representou a cultura gaúcha em países como a França, Espanha, Uruguai, Chile, Peru, entre outros. Em agosto deste ano, ele embarca para a China, de “gaita e cuia “.
O celular do músico tocou à hora da entrevista. O toque musical? A canção Porto Alegre, de Oscar dos Reis. A partir daí, já temos uma noção da paixão de Ezequiel Wagner De Toni pela música tradicionalista gaúcha. Com esforço, dedicação e muito ensaio, o professor de acordeão prepara-se para representar o Brasil na China, junto ao CTG Aldeia dos Anjos, de Gravataí, no período de 28 de agosto a 5 de setembro de 2013. Chega a se entristecer um pouco, pois deixará aqui os seus alunos e a família: os pais, Sérgio e Marilene e a mulher Ana Carolina. Porém, logo retoma o foco e se refaz, lembrando que tem que estudar muito para “ não fazer feio” diante dos representantes da Europa e demais países no festival de música. “ O povo de lá, vai aos festivais para ver o que tem de melhor na cultura, o nível é competitivo, “ diz De Toni, referindo-se aos acordeonistas da Europa, onde o instrumento é bastante difundido. Ele acrescenta que, naquele continente, as crianças, começam a estudar música e partituras aos quatro anos de idade. “Se você achar  que é um bom músico, você pode se enganar, porque, eles buscam a perfeição,”, salienta ele.
Nos arredores de Paris
Em 2011, De Toni apresentou-se na cidade de Gannat, próximo à capital francesa. Foi sua primeira viagem internacional. “Eu voltaria a Paris,” enfatiza. Na ocasião, ele acompanhava a Invernada Adulta “Rancho da Saudade“, de Cachoeirinha. Por meio de um convite para participar do Festival “Les Cultures Du Monde”, ele hospedou-se em casas de família, numa espécie de intercâmbio cultural. “O público apaixona-se não só pela música, mas pela indumentária do gaúcho. Querem fazer fotos com a gente. Nos perguntam sobre samba, frevo, chorinho, bossa-nova e, é claro, encantam-se pela música gaúcha. “
Rumo a China

Tocando desde os 14 anos em bailes, hoje, aos 26, De Toni dedica-se às aulas, aos alunos e às invernadas que representa.  Sempre almejou representar a cultura brasileira. O sonho realizou-se. Ele salienta que -“Tu vais até onde tu te permites ir” - E, desta vez, é para a China.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Te elegi

Lindo, lindo, lindo demais... ( com licença, dos autores)
Coisas que os olhos não viram,
Que o coração jamais imaginou.
Tais são os bens que tens

Preparados pra mim.
Que tudo deixei para te seguir
Que considerei nada comparado
Ao muito que há em ti.
De que vale ao homem ganhar o mundo inteiro
Se vier a perder sua alma.
Colocar a confiança em tesouros passageiros
Que ferrugem ou traça os podem consumir.

Te elegi, como minha riqueza
Em ti está o meu coração.
Minha herança e fortaleza
Minha vida e salvação.
Te elegi, como minha riqueza
Em ti está o meu coração.
Minha herança e fortaleza
Minha vida e salvação. ( Comunidade Recado)

domingo, 23 de junho de 2013

12 anos sem meu pai

" Há sempre uma viagem por fazer." Oscar Bertholdo
Há 12 anos, meu pai despedia-se dos filhos, das ideias, dos ideais, dos significados, dos feitos. Na manhã do dia 24 de junho de 2001, o coração pararia de bater, num susto e numa desapropriação. Dia 24, Dia de São João e Dia do Gráfico, ele partiu para a viagem, que ainda lhe restava fazer.
Levou luzes daqui. Deixou estrelas, com muito brilho, pouco brilho, intensamente férteis e criativas.
Meu pai tinha ideias. Talvez, algum empreendedorismo. Mas, mais comunicação. Formou sua família, com o exemplo vindo da família materna. Minha vó, exercia o poder. Sobre as coisas da vida. Ele herdou honestidade e caráter. Passou adiante. Cabe a qui, também, homenageá-lo pela criatividade. Reza a lenda que, nos anos 1950 ou 60, não sei bem, foi lançado um concurso para criação do nome de uma fábrica  de bebidas em Bento Gonçalves. Meu pai foi vencedor com o nome Licorsul. Conhecem? Virou bairro.
Meus pais Leda e Nestor Nodari com o primo Remigio Nodari (in memoriam) -1976

De quem será que herdamos a criatividade, hein, queridos manos??
Um homem sociável e comunicativo. Inteligente. Se acertou ou errou, não cabe a nós julgarmos.
O perdão por algum ato falho , da minha parte, ele tem.
Descanse no céu de tua criatividade e honestidade, pai querido! ( Homenagem da tua filha, Janete )

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Aromas da memória

De volta às origens
Aos 78 anos, Luzzatto  conta  que já viveu na capital do Estado, Porto Alegre  e, também,  no litoral catarinense. Agora está de volta às suas origens. Segundo ele, a mesma terra que o viu nascer. Mas, algo mudou. ”Mudaram os costumes, mudou a gente, a cultura não é mais aquela,” diz.  Ele refere-se especialmente à maneira de se preparar o alimento para a grande família italiana. “Tudo era natural. Tenho saudades das comidas e dos odores da minha infância,“ diz. O que ele faz questão de relembrar também em seus livros de culinária e no dia a dia. Para ele, cozinhar é um hobby.
Neto de imigrantes trentinos e beluneses, Luzzatto diz que aprendeu o português na escola, pois tanto em casa como na “vila”(Pinto Bandeira),  a única língua falada era o vêneto ou talian.


Cultura italiana
Foi atendendo a pedidos de receitas e no esforço de resgatar sua língua materna que o escritor passou a dedicar seu tempo à cultura italiana. Há vários anos, participa também como palestrante-convidado, dos Encontros de Radialistas Divulgadores do Talian no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Entre os livros que estão aguardando publicação, ele destaca os seguintes títulos: “Sabedoria Popular – Provérbios e Expressões do cotidiano dos imigrantes italianos no Rio Grande do Sul”; “Pitosto che viver sento ani a stento, vìverghene solque sinquanta, ma contento”( um livro politicamente incorreto) e “Lampi de Memória – Asseme Che vê conte prima Che me desménteghe”, livro que recém terminou de escrever. Também na fila para ser publicado está “Estri e Schersi”, um livro de poesias, em talian, evidentemente.
A “Vila”
 Nesse universo, que ele ainda faz questão de chamar de “vila”, Luzzatto salienta que passa os dias escrevendo, cuidando dos cães adotados e, frequentemente preparando pizzas e pastas para amigos e turistas.
Casado com Elisa Wenzel Luzzatto. Tem dois filhos Antônio e Caroline e quatro netos: Maximilian, Carlota, Otto e Sebastião. Mariana é a quinta neta, que também frequenta sua casa. Ela é a filha caçula da Andréia, filha mais nova do seu primeiro casamento. Para eles Luzzatto  procura passar a máxima de que “se deve aproveitar o saber, vivendo com ética e dignidade”, ou, como ele se expressa em talian, com creansa!

Ao final da entrevista, partimos rumo a Bento, enlevados pelo conhecimento do escritor Darcy Loss Luzzatto - adquirido em viagens, leituras e escritos - e pela paisagem de outono, que se descotinava ao entardecer.


Colecionadora de santinhos

A história da maior festa religiosa do município de Bento Gonçalves está guardada na memória da professora aposentada Dedi Lúcia Turconi, moradora do bairro Centro. Ela confia em suas lembranças, mas, precavida, fez anotações em cadernos e armazenou, em pastas, o material impresso das primeiras festas de Santo Antônio realizadas no início do século XX até hoje. Segundo ela, a coleção de santinhos é uma relíquia.
A colecionadora conta que, passou em cerca de 300 residências em busca de informações.
“ Também no Museu Casa do Imigrante, no Museu Hipólito De Costa (Porto Alegre), no Correio Rio-grandense e pesquisei, em jornais antigos, como Il´Corriere D´ Italia, “ diz a aposentada . A ideia surgiu, no ano de 1987, quando foi criada a Comissão de Cultura pela então festeira, Leonora Roman Fillipon.  Foi ela quem incentivou Dedi a resgatar o acervo de uma das festas mais populares do estado do Rio Grande do Sul.
Santinhos
O primeiro santinho é de 1906. Só em 1931, aparecem os nomes dos festeiros impressos no verso.  Na coleção, faltam apenas dois: dos anos 1936 e 1937. Dedi acrescenta que, contou com a ajuda do padre Ernesto Mânica, falecido em 2009. “Ia sempre conversar com o padre Mânica, até que ele me disse: escreve a história das festas. E eu levei isso a sério, já tenho material para um livro. Também pesquisei os nomes dos festeiros. Disse ao Pároco Isidoro Bigolin, que ao divulgarem o nome dos festeiros, que fossem os nomes certos, “enfatiza.
Ainda conforme a professora, de 1919 a 1927 eram nomeados homens somente. De 1928 a 1943, eram sorteados nomes de homens de diferentes famílias e de mulheres que eram chamadas “juízas”. “Naquela época , o festeiro era mais importante que o intendente, por isso todo mundo queria o cargo, daí o sorteio,“ conta a aposentada.
Os festeiros começaram a ser escolhidos em 1944. Aparecem também os vice-festeiros e vice-juízas. Dedi observa que, só em 1967, os festeiros escolhidos eram casais, porém no verso do santinho, aparece somente o nome do festeiro e a expressão “excelentíssima esposa”.  Em 1972, está impresso o nome da festeira também. Em 1985, há uma inovação, dois casais de festeiros jovens. A partir dos anos 2000, é que a festa é organizada com seis casais de festeiros.
Devoção
A devoção e interesse da professora em resgatar a história ficam evidentes quando ela apresenta as curiosidades da festa. Uma delas é que, no ano de 1989, a Caixa Estadual escolheu a festa popular, em Bento Gonçalves, para extração da loteria, no dia 13. Outra situação, é que o primeiro sacerdote a chegar a Bento Gonçalves, o padre Giovanni Menegotto, não tem uma placa de homenagem no interior da igreja.
Dedi considera-se uma curiosa. Está sempre em busca de dados históricos. Apesar de ter encontrado algumas pessoas reticentes, ela encontrou também amigos que a ajudaram nessa pesquisa sobre a tradição das festas de Santo Antônio. A colecionadora pretende doar a coletânea de santinhos. “Vou doar para a Paróquia Santo Antônio, quando esta tiver um museu,” complementa.




Desejo

Olá, Dia dos Namorados chegando e ...

Desejo...

Um amor sem limites
Um amor inconsequente
Um amor bandido
Um amor escondido
Um amor do dia
Um amor da noite
Um amor incompreendido
Um amor compreendido
Um amor carente
Um amor repleto
Um amor vivido
Um amor por viver
Um amor igualzinho
Podemos fazer tudo outra vez???

domingo, 26 de maio de 2013

Maravida

Era uma vez eu no meio da vida
Essa vida assim, tanto mar, tanto mar
Coisa de doce e de sal
Essa vida assim, tanto mar, tanto mar
Sempre o mar, cores indo
Do verde mais verde ao anil mais anil
Cores do sol e da chuva
Do sol e do vento, do sol e o luar
Era o tempo na rua e eu nua
Usando e abusando do verbo provar
Um beija-flor, flor em flor, bar em bar
Bem ou mal margulhar
Sempre menina franzina, traquina
De tudo querendo, provar e provar
Sempre garota, marota, tão louca
A boca de tudo querendo levar

Vida, vida, vida
Que seja do jeito que for
Mar, amar, amor
Se a dor quer o mar dessa dor, ah!
Quero no meu peito repleto
De tudo que possa abraçar
Quero a sede e a fome eternas
De amar, e amar e amar

Vida, vida, vida
Que seja do jeito que for
Mar, amar, amor
Se a dor quer o mar dessa dor, ah!
Quero no meu peito repleto
De tudo que possa abraçar
Quero a sede e a fome eternas
De amar, e amar e amar... ( com licença, dos autores)

sábado, 11 de maio de 2013

Mãe

Mãe,
A semana demorou a passar. Maio, no seu início, sempre é um pouco saudosista. Mês das Mães. Dos comerciais com filhos e mães perfeitos. De famílias perfeitas. De flores no ar. Por isso, sei que preciso ser forte nessa época. Por aqui, algumas mudanças aconteceram. A cidade cresceu. Teus netos cresceram. Teus filhos evoluíram. Uma evolução gradual, daquelas que a gente consegue por meio de atitudes, de decisões, de superações. Como eram bons os dias das mães contigo- presença. Agora, sei que nos cuida lá de cima. Obrigada, mãe, pela mulher que fostes. Que enfrentou décadas de revolução feminina e continuou com tua meiguice e ternura. Belo exemplo de mulher elegante e bonita. Eu tento seguir-te, na elegância dos gestos. No amor pelas flores, violetas e caprichos. Pra ti, um Feliz Dia das Mães, junto à Mãe de todas as mães! Bênção...Tua filha Janete

quarta-feira, 8 de maio de 2013

A mulher que me gerou

Uma amiga usou a expressão " a mulher que me gerou".
 Olhei, analisei, tive uma surpresa.
Mãe para ela é quem a criou.
 E como elas se dão bem.
Ela conheceu a " mulher que a gerou", mas nada sentiu.
 Sentimentos são inexplicáveis.
Amor de mãe é inexplicável.
O filho vem da barriga,
vem do coração,
vem do amor.
vem num engano
vem por que quer
vem por vir
vem e depois a gente vê.
Neste Dia das Mães, podes crer, Lia, que tua mãe adotiva merece todos os abraços do mundo. A data pode ser até comercial, mas maio é mês de Maria, então, força, foco e fé.
Para minha mãe, raio de luz a brilhar , todos os meus abraços, meus lampejos de alegria, meus dias de tristeza , a chorar de saudade...
Mãe, parabéns, onde quer que estejas...entre as flores, entre almofadas macias, entre campos floridos, no branco dos tapetes...
com Deus!!

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Harmonia das flores

Paulo de Bento
O designer floral Paulo de Bento inspira-se na beleza das flores para fazer de seu empreendimento um local criativo e abençoado.  Os arranjos unem técnica, materiais diferenciados, cores e flores. Além, claro, do talento desse carioca que escolheu Bento Gonçalves para viver.
Foi arrumando a capela do seminário, onde estudou, em Petrópolis, Rio de janeiro, que Paulo de Bento (nome artístico) descobriu sua verdadeira vocação: a criação de arranjos florais. Ele conta que ao chegar a Bento Gonçalves, conheceu uma senhora que o acolheu, a Tui. Os dois cultivaram o desejo de fundar a Tuy Flores. Hoje, ele tem como sócio, desde 1995, João Carlos Zanelatto. “Sinto-me plenamente satisfeito com minha profissão. Dedico-me quase que integralmente à floricultura, aos estudos e às técnicas, diz Paulo. Ele acrescenta que a técnica é muito importante para a arte floral.” As pessoas precisam ter conhecimento sobre a durabilidade de cada espécie, por exemplo, e, principalmente conhecer  a harmonia de cores. É interessante saber, quem vai receber o arranjo, ou qual sentimento quer se passar”.
 O florista salienta que os arranjos mais procurados são os simétricos, quer dizer, tradicionais, mas existem ainda, os lineares e os vegetativos. Esses últimos retratam e valorizam a natureza, utilizando-se galhos, folhas e afins.
No tempo livre, Paulo volta-se para a religião. É ele quem faz a decoração da Igreja Cristo Rei. Em frente à sua loja, existe um capitel com a imagem de Santo Antônio. “Sempre há flores diante da imagem. Elas são obra de Deus, “exalta.


terça-feira, 16 de abril de 2013

Comunicadoras da vida

Homenagem à minha mãe
Merecedoras de um dia especial,
Comunicadoras da vida em todos os aspectos,
Colaboradoras com a obra da criação,
Para vocês, mães, mais carinho...
Para as mães que estão entre nós, mais amor.
Para aquelas que nos olham dos céus, uma oração.
Para as mães do sono interrompido tantas vezes, paciência.
Para a mãe-renúncia, um apelo
Para a mãe-esquecida, uma lembrança
Para as mães com os filhos nos braços, uma ajuda.
Para as mães com os filhos distantes, uma promessa.
Para as mães dos limites e vontades, um acerto.
Para as mães educadoras, uma virtude.
Para as mães de fé, uma bênção.
 Para Maria, mãe de Jesus, um salmo.
Para todas as mães, um
Feliz Dia das Mães! ( Poema publicado no Jornal Boa Notícia número 86/ Abril 2013)





sexta-feira, 5 de abril de 2013

Esculturas do corpo

Assinando as obras expostas no hall do Pavilhão A da Fundaparque, criadas especialmente para a última edição da Feira Internacional de Máquinas, Matérias-primas e Acessórios para a Indústria moveleira (FIMMA – Brasil), a escultora Karem Poletto Jacobs confirmou a tendência do evento: inovação.

O convite partiu da responsável pelo leiaute da feira, arquiteta  Adriana Pecin. “A ideia das esculturas em tela de arame e o monumento de ferro me vieram à cabeça assim que fui convidada”, diz a artista. Ela acrescenta que sua temática sempre é a figura humana. Acentua que o objetivo foi a interação dos participantes. “Em algum momento os visitantes passaram pelo meio das obras. A passagem foi proposital.”
Tudo é uma construção
No caso das esculturas da FIMMA, ela agradece a equipe de montadores, que auxiliaram na colocação da obra. Mas, ressalta que também “colocou a mão na massa”, quer dizer, na solda.
Karem é formada em Educação Artística pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Os materiais utilizados pela escultora vão desde papel machê e resina até cimento e ferro. “Eu gosto de mesclar materiais. Não fico limitada. Tudo é uma construção. O ferro remete a coluna, que sustenta o corpo, objeto principal das minhas criações”, explica. Ela acrescenta que estudou anatomia para retratar em suas obras o corpo humano desmembrado.
Movimento
Monumento na praia de Tramandaí
Karem é Carem. Filha de Teresinha e Marne Poletto. Casada com Mauricy Jacobs. A bento-gonçalvense também tem inspiração no mosaico romano e contemporâneo, arte em que se aperfeiçoou na Itália. Mas, é na obra que tem movimento que ela se encontra. O responsável por essa diferenciação é conforme Karem um grande mestre, o professor Carlos Tenius, a quem presta uma homenagem pelos ensinamentos. A mãe de Enrico, 12 anos, tem planos imediatos de abrir um ateliê no Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves.

terça-feira, 12 de março de 2013

Quem diria? Os retalhos...


A professora Eliana Volpato se considera a pioneira no ensino da técnica de Patchwork na região de Bento Gonçalves. Conforme Eliana, o Patchwork é a junção de tecidos, cores e amizades. “São pontos que se unem em torno dos retalhos escolhidos, conforme o gosto de cada aluna. Tramados com a alegria do trabalho bem feito, resultam em peças unidas com amor. Aquecem, iluminam, decoram e alegram o ambiente”, acrescenta.
Ela ressalta que o Patchwork é uma tendência mundial. De acordo com Eliana, essa arte em painéis, mantas, caminhos de mesa, colchas e bandôs, entre outras peças, também está aparecendo em estofados e roupas customizadas. “As possibilidades de criação são infinitas. O grande prazer é que você pode fazer ainda para presentear”.

Paciência e dedicação

Eliana aprendeu a fazer crochê aos seis anos. Aos 12, ganhou uma máquina de costura. Fez seus primeiros bordados sob os ensinamentos e o carinho da professora Ortenila Köch. Cursou Letras e Pós-graduação em Marketing. Mas, ela ressalta que, em seu currículo, os cursos de Patchwork realizados em São Paulo e Gramado ganham destaque. Em novembro de 2011, esteve também em Houston, Texas, nos Estados Unidos participando da maior feira de Patchwork do mundo. “É um trabalho de paciência e dedicação, por isso mesmo, sou apaixonada pelo que faço”. A professora acentua que os cursos de Patchwork ajudam na concentração e na criatividade. Os cursos são oferecidos à tarde e à noite. 

 Saiba mais sobre esta arte
Patchwork é uma arte que consiste em unir tecidos com uma infinidade de formatos.  Dá-se esse nome a parte superior. Já a obra completa é o acolchoado, formado pelo topo do trabalho mais a manta acrílica e o tecido fundo, tudo preso por uma técnica conhecida como quilting ou acolchoamento. Grandes indústrias têxteis desenvolvem anualmente tecidos especiais para o Patchwork. Também existem revistas, materiais e ferramentas que visam facilitar o trabalho. A cor é o elemento que mais chama a atenção numa peça de Patchwork.  Saber combinar as cores e os tons e conseguir uma harmonia entre eles é um grande passo para quem deseja fazer um bom trabalho.



domingo, 3 de março de 2013

De cigarras, lembranças e ventos

Ouço algumas cigarras nas árvores da vizinhança.
Normal, fim de verão.
O canto estridente lamenta...O quê?
Início e fim de verão
 canto da cigarra
sinfonia triste
anúncio do que vêm por aí
Lembro do som das cigarras
nos vinhedos
Época boa de uvas ...
Posso pegar um cacho??
Há quanto tempo não me sirvo
de uvas nas vinhas?
Talvez por temer
caminhar entre os parreirais
e ver lembranças apontando
para raízes ...barris
bordalesas e pipas.
E por falar em lembrar
Soube que teremos pouco a lembrar
do acervo do Museu de Bento
Ele pede socorro
Fiz a foto, à noite, com uma profunda dor 
Ver a janela central destruída
Solta
Uma imagem a vagar
pelos ventos que aí entraram
O Museu pede socorro
E eu não posso parar de olhar
para o prédio
Parece dizer
Olha eu aqui!..às pessoas que passam
Noite e dia haverão de se encontrar
para que eu possa fazer imagens do casarão feliz.


terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Sobre o amor


Escreve sobre o amor. Este foi o apelo de uma amiga virtual, então, para não dizerem que eu não falei de amores falarei.

No portal de entrada para a casa de Julieta, em Verona, que data do século XIII, há incontáveis bilhetes e juras de amor dos milhares de visitantes. Segundo a tradição, para encontrar o verdadeiro amor, as mulheres devem passar a mão sobre o seio direito da estátua de Julieta postada no pátio interno da casa.Na dúvida, todos os visitantes seguem o ritual, e o seio direito da pobre estátua encontra-se completamente desgastado!
Texto do professor Vanderlei Rodrigues

Esta minha amiga (vamos chamá-la de Julieta, em louvor a Shakespeare) eu nunca a vi pessoalmente, apenas aqui pelo monitor do meu PC. Digamos que foi compatibilidade à primeira teclada. Linda e elegante esta última flor do Lácio, culta e bela, de início, já demonstrou ser diferenciada – resistiu, bravamente, debates áridos e complexos, demonstrou ter uma bagagem cultural consistente, e um gosto refinado.
Nas relações amorosas, Julieta vinha, digamos, de um fracasso conjugal. Ela me pareceu enquadrar dentro daquele perfil – mulheres inteligentes, escolhas insensatas. No longo relacionamento tinha muita sede, mas a fonte parece não ter sido generosa.
Fim de relacionamento, Julieta foi à luta, afinal, a fila anda. Colocou sua nau a navegar pelos mares encrespados da internet. Se amores presenciais não deram sorte, talvez os virtuais dessem certo.
Julieta navegou por mares nunca dantes navegados. Conheceu o melhor e o pior da fauna “marinha”. Muitas vezes achou que tinha encontrado um porto-seguro para atracar sua nau colorida e cheia de amores, mas, sempre os ventos do sul obrigavam-na a buscar o alto mar.
Perseverança é uma das virtudes de Julieta, ela continuou sua odisseia em busca da terra do amor, afinal,em algum lugar do horizonte este nobre sentimento deveria existir.
Julieta agora esta apaixonada, encontrou seu porto seguro, e por ironia do destino, ele estava bem próximo da sua aldeia.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

“A bateria voltou”




“ O importante é ser fevereiro e ter carnaval pra gente sambar.” Um grupo de amigos residentes na Osvaldo Aranha está aquecendo os tamborins na entrada da Boate Grafitti, ao lado do Clube Ipiranga.  Após ensaiarem dois meses, tudo tem que sair como o planejado. Mesmo porque, o mestre quer fazer bonito. A ideia de Carlos Alberto Bacca ( hoje residindo em Brasília) tomou fôlego, quando os integrantes, dez ao todo, herdaram os instrumentos da Escola de Samba A Voz do Morro. Com uma seleção de marchinhas e sambas, começava a folia. Daí, partiriam para os clubes sociais e para o carnaval de rua em cidades da região.
O repicar do samba , 26 anos depois, vai ser ouvido, neste ano, na chamada concentração. Um espaço que os blocos alugam.
Na concentração do União do Morro, também estarão o “ UTI” e “ Kamikases”.
A bateria hoje conta com 30 integrantes. Segundo Daian Nodari, ex- componente, em seu auge, o bloco chegou a ter 80 integrantes, entre bateria e passistas, sob a presidência de Luis Delano Oselame ( atual presidente do Esportivo). Ele acrescenta que, na época dos carnavais de clubes, Bento Gonçalves chegou a ter três blocos com bateria, mas a do União do Morro foi a única que resistiu.
Esse mesmo orgulho é dividido entre os irmãos Márcio, 33 anos,  e Biso Sonza,  31, atuais
coordenadores do bloco.
No ano passado, os integrantes chegaram a usar camisetas pretas, em protesto, pelo fim da bateria.
Mas, como todo brasileiro é um forte e o carnaval é a festa do Brasil, esse ano, a bateria volta com dez tamborins, cinco caixas, quatro surdos, dois repiques, três chocalhos, três agogôs,um cavaquinho e dois intérpretes de sambas-enredo. O abre-alas será o samba vencedor da Salgueiro , em 1993.

“Explode coração
Na maior felicidade
É lindo a União do Morro
Contagiando e sacudindo esta cidade”