Escreve
sobre o amor. Este foi o apelo de uma amiga virtual, então, para não dizerem que
eu não falei de amores falarei.
Texto do professor Vanderlei Rodrigues
Esta minha amiga (vamos chamá-la de Julieta, em louvor a Shakespeare) eu nunca a vi pessoalmente, apenas aqui pelo monitor do meu PC. Digamos que foi compatibilidade à primeira teclada. Linda e elegante esta última flor do Lácio, culta e bela, de início, já demonstrou ser diferenciada – resistiu, bravamente, debates áridos e complexos, demonstrou ter uma bagagem cultural consistente, e um gosto refinado.
Nas relações amorosas, Julieta vinha, digamos, de um fracasso conjugal. Ela me pareceu enquadrar dentro daquele perfil – mulheres inteligentes, escolhas insensatas. No longo relacionamento tinha muita sede, mas a fonte parece não ter sido generosa.
Fim de relacionamento, Julieta foi à luta, afinal, a fila anda. Colocou sua nau a navegar pelos mares encrespados da internet. Se amores presenciais não deram sorte, talvez os virtuais dessem certo.
Julieta navegou por mares nunca dantes navegados. Conheceu o melhor e o pior da fauna “marinha”. Muitas vezes achou que tinha encontrado um porto-seguro para atracar sua nau colorida e cheia de amores, mas, sempre os ventos do sul obrigavam-na a buscar o alto mar.
Perseverança é uma das virtudes de Julieta, ela continuou sua odisseia em busca da terra do amor, afinal,em algum lugar do horizonte este nobre sentimento deveria existir.
Julieta agora esta apaixonada, encontrou seu porto seguro, e por ironia do destino, ele estava bem próximo da sua aldeia.