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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Sobre o amor


Escreve sobre o amor. Este foi o apelo de uma amiga virtual, então, para não dizerem que eu não falei de amores falarei.

No portal de entrada para a casa de Julieta, em Verona, que data do século XIII, há incontáveis bilhetes e juras de amor dos milhares de visitantes. Segundo a tradição, para encontrar o verdadeiro amor, as mulheres devem passar a mão sobre o seio direito da estátua de Julieta postada no pátio interno da casa.Na dúvida, todos os visitantes seguem o ritual, e o seio direito da pobre estátua encontra-se completamente desgastado!
Texto do professor Vanderlei Rodrigues

Esta minha amiga (vamos chamá-la de Julieta, em louvor a Shakespeare) eu nunca a vi pessoalmente, apenas aqui pelo monitor do meu PC. Digamos que foi compatibilidade à primeira teclada. Linda e elegante esta última flor do Lácio, culta e bela, de início, já demonstrou ser diferenciada – resistiu, bravamente, debates áridos e complexos, demonstrou ter uma bagagem cultural consistente, e um gosto refinado.
Nas relações amorosas, Julieta vinha, digamos, de um fracasso conjugal. Ela me pareceu enquadrar dentro daquele perfil – mulheres inteligentes, escolhas insensatas. No longo relacionamento tinha muita sede, mas a fonte parece não ter sido generosa.
Fim de relacionamento, Julieta foi à luta, afinal, a fila anda. Colocou sua nau a navegar pelos mares encrespados da internet. Se amores presenciais não deram sorte, talvez os virtuais dessem certo.
Julieta navegou por mares nunca dantes navegados. Conheceu o melhor e o pior da fauna “marinha”. Muitas vezes achou que tinha encontrado um porto-seguro para atracar sua nau colorida e cheia de amores, mas, sempre os ventos do sul obrigavam-na a buscar o alto mar.
Perseverança é uma das virtudes de Julieta, ela continuou sua odisseia em busca da terra do amor, afinal,em algum lugar do horizonte este nobre sentimento deveria existir.
Julieta agora esta apaixonada, encontrou seu porto seguro, e por ironia do destino, ele estava bem próximo da sua aldeia.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

“A bateria voltou”




“ O importante é ser fevereiro e ter carnaval pra gente sambar.” Um grupo de amigos residentes na Osvaldo Aranha está aquecendo os tamborins na entrada da Boate Grafitti, ao lado do Clube Ipiranga.  Após ensaiarem dois meses, tudo tem que sair como o planejado. Mesmo porque, o mestre quer fazer bonito. A ideia de Carlos Alberto Bacca ( hoje residindo em Brasília) tomou fôlego, quando os integrantes, dez ao todo, herdaram os instrumentos da Escola de Samba A Voz do Morro. Com uma seleção de marchinhas e sambas, começava a folia. Daí, partiriam para os clubes sociais e para o carnaval de rua em cidades da região.
O repicar do samba , 26 anos depois, vai ser ouvido, neste ano, na chamada concentração. Um espaço que os blocos alugam.
Na concentração do União do Morro, também estarão o “ UTI” e “ Kamikases”.
A bateria hoje conta com 30 integrantes. Segundo Daian Nodari, ex- componente, em seu auge, o bloco chegou a ter 80 integrantes, entre bateria e passistas, sob a presidência de Luis Delano Oselame ( atual presidente do Esportivo). Ele acrescenta que, na época dos carnavais de clubes, Bento Gonçalves chegou a ter três blocos com bateria, mas a do União do Morro foi a única que resistiu.
Esse mesmo orgulho é dividido entre os irmãos Márcio, 33 anos,  e Biso Sonza,  31, atuais
coordenadores do bloco.
No ano passado, os integrantes chegaram a usar camisetas pretas, em protesto, pelo fim da bateria.
Mas, como todo brasileiro é um forte e o carnaval é a festa do Brasil, esse ano, a bateria volta com dez tamborins, cinco caixas, quatro surdos, dois repiques, três chocalhos, três agogôs,um cavaquinho e dois intérpretes de sambas-enredo. O abre-alas será o samba vencedor da Salgueiro , em 1993.

“Explode coração
Na maior felicidade
É lindo a União do Morro
Contagiando e sacudindo esta cidade”






Italianos e Poloneses: a convivência



Com uma memória invejável, Vitor Inácio Kozowski  considera-se um “anotador tardio”. Aos  78  anos, o bento-gonçalvense, nascido , na Linha José Júlio, em Santa Tereza ( na época ,distrito) , pesquisou durante mais de dez anos a história da imigração polonesa no Estado do Rio Grande do Sul. A envolvente pesquisa resultou em quatro livros: Estes imigrantes entre outros, Dois registros, Os poloneses das colônias de Alfredo Chaves/Guaporé, Estes também na Serra Gaúcha.
Kozowski demonstra seu comprometimento com o resgate histórico dos pioneiros na Serra Gaúcha.  O intuito também é revelar que a América brasileira foi construída também por elemento polonês.  Com o apoio moral e cultural dos pais e avós, o escritor assumiu o encargo de descrever os nomes dos imigrantes poloneses que chegaram a viver na região serrana do  Estado.” Espero ter contribuído para o preenchimento das lacunas existentes na literatura sobre a história imigratória do Estado, " diz.

Neto do imigrante polonês Alexandre Kozlowski, Vitor herdou os traços da raça: olhos azuis e altivez. Filho de agricultores, ajudou os pais na colônia. Estudou Filosofia e Pedagogia no Seminários de Gravataí e Viamão. Aos 30 anos , emigrou para os Estados Unidos onde morou  por 11 anos, em Connecticut, Ohio, trabalhando como torneiro e fresador. De volta ao Brasil, tornou-se microempresário. Hoje, está aposentando.
Kozowski  tem quatro filhos . Não é mera coincidência. Se existe uma máxima que diz que um homem deve plantar uma árvore, escrever um livro e ter um filho, os quatro livros editados reascendem o instinto paternal por toda uma geração de compatriotas.