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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Cadê as rosas da Praça das Rosas?

Sábado fui ao Vale. Na paisagem, os parreirais se impõe e, ainda mais, tem aroma de uvas no ar. No caminho, rente às vinhas, há roseiras em flor. Elas dão um ar romântico à rota do vinho. Entretanto, não faz muito que descobri a verdadeira função daquelas rosas. Elas não são plantadas para arrancar suspiros. Na verdade, o motivo da plantação das roseiras é cruel. Elas servem como escudo de fungos que podem atingir as parreiras. Por serem mais frágeis e delicadas, as rosas manifestam qualquer contaminação ou doença antes das vinhas, alertando os especialistas. Nobre destino.
Isso me faz lembrar de um lugar chamado Praça das Rosas. Esse lugar existe. Recebeu outra denominação. Mas perdeu a identidade. Cadê as rosas da Praça das Rosas? Eu as vejo, em pensamento, todos os dias, quando passo por lá. Ficaram apenas alguns canteiros, com roseiras esparsas, pouco resistentes às chuvaradas de verão. Triste destino. E, não é raro, ver-se canteiros nus, sem flores. A
espera de uma sobrevida. O que se sabe é que a praça será revitalizada. Tenho pressa. Para ver os canteiros floridos. Não é egoísmo. É que no local, sempre há um grande número de visitantes. É preciso coerência, já que a frente da Matriz é a saída da cidade. E o que se vê ao chegarmos, é o avesso. E um banheiro público. Tudo bem, é para não entender mesmo.
Ah, eu fui ao Vale a convite da Secretaria de Turismo de Bento Gonçalves. Para degustar vinhos e pratos preparados pela sommelier e editora da Revista Adega de São Paulo, Sílvia Mascella Rosa. Eu sabia que esse dia iria chegar! E chegou, trazendo com ele a noite estrelada e agradável do Vale dos Vinhedos. Em meio às explicações da sommelier, taças, vinhos, espumantes e a sobremesa, ahhh, a sobremesa.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Cartas de amor

Você já ouviu falar em papel de carta?  Parece que ainda existe. Não tenho certeza.  Aventure-se a enviar uma carta. Quem sabe, de amor. Você vai precisar de um papel de carta. Eles eram blocos com folhas brancas e tinham pautas- linhas azuizinhas-. Mais tarde, passaram a ser colecionáveis, coloridísssimos e usados mesmo, em pastas pelas colecionadoras adolescentes.
 No filme Cartas para Julieta, a cena da Praça em Verona, com os muros salpicados de bilhetes e cartas não me sai da memória. Aliás, o filme todo não me sai da memória. Minha irmã, que me indicou o DVD, queria me matar do coração??? Que filme!
Tenho mais de duzentas cartas de amor guardadas.
Outra noite, as reli. Tenho lá meus motivos. Não vou finalizar este post, sem postar alguns trechos. Calma, deixe-me respirar.
Preciso respirar, porque, agora, encontrei uma foto da visita que fiz a Villa Bernardi, em Veranópolis. Na Biblioteca do eterno morador, um baú guarda as cartas de amor de Mansueto e Idalina . Estão lá desde o início do século passado. Se eles se casaram em 1915, as cartas já devem ter um século. Apaixonante.  Não as vi, as senti.  Por isso, as minhas também ficarão.
O escritor Pedro Sthiel diz: “ Cada sorriso teu é uma carta de amor.” Renato Russo escreveu: “Os nosso dias serão para sempre.”
Que tal isso ? ”Minha vontade é de ficar escrevendo mil folhas de eu te amo”...e eu cumpri.
“ Nada na minha vida tem sentido se eu não tiver ao meu lado  essa força, esse amor, esse teu jeito que me faz tanto bem”...
“ Nas mínimas coisas que faço deixo um pouco de ti, que representa tudo o que se pode esperar de uma vida resumida em te querer muito pra mim, pra sempre.”
E dele...” Eu tenho um pedaço da tua vida dentro do meu quarto, comecei a procurar todos os teus cartões, bilhetes, cartas, enfim toda essa relíquia, quero ver se consigo ativar aquela pessoa que mandou tanta coisa bonita...”
Por ser exato
O amor não cabe em si
Por ser encantado
O amor revela-se
Por ser amor
Invade
E fim
( Djavan)


sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Até Gil vai gostar

Bento continua lindo
Bento continua sendo
Bento Gonçalves, fevereiro e março
Alô, alô,vindima – aquele abraço!
Alô, vindimeiros – aquele abraço!
Os caminhões continuam balançando a uva
E buzinando a moça e comandando a massa
E continuam dando  ordens no centro
Alô, alô, vindimeiro – velho guerreiro
Alô, alô, cantineiro – aquele abraço!
Alô, moça da panela – aquele abraço!
Todo mundo do Vale até Monte Belo– aquele abraço!
Todo mês de fevereiro – aquele passo!
Alô, Pinto Bandeira– aquele abraço!
Meu caminho pelo mundo eu mesmo traço
Bento e os distritos já me deram régua e compasso
Quem sabe de mim sou eu – aquele abraço!
Pra você que não me esqueceu aquele abraço!
Alô, Bento – aquele abraço!
Todo o povo da uva e vinho – aquele abraço!
( com sua licença, mestre Gil)

Dedicatórias são homenagens- homenagens são dedicatórias

No livro 100 anos de Imprensa Regional de Kenia Pozenato e Loraine Giron há uma dedicatória: " Aos jornalistas que trabalharam anonimamente e sem salário, pela construção da imprensa regional - fonte indispensável para o conhecimento histórico da região." Esse parágrafo lembrou-me o que presenciei no lançamento da obra Passo Velho: História da Colonização de Bento Gonçalves - Da ocupação do Vale das Antas ao distrito de Tuiuty, na noite desta quarta-feira, 19 de janeiro, na Fundação Casa  das Artes. O livro tem  textos de Marciele Bertoldi Scarton e Guilherme Fernandes; projeto gráfico de Guilherme Fernandes;  fotografias de Fabiano Mazzotti e pesquisas e entrevistas realizadas pela turismóloga Fernanda Tomasi,  moradora de Tuiuty. É aí que mora a diferença, segundo relato, Fernanda , por vezes, sacrificou feriados e finais de semana e, até,  o salário, para ver um sonho realizado. A emoção rolou. Uma vez que tínhamos presentes os nonnos e nonnas que contaram suas histórias em formato de grande reportagem. Um luxo!
Cabe aqui também duas palavras para o livro recente de Pedro Junior e Fabiano Mazzotti, Bento em Foto e Poesia: pura emoção. Também curti o livro Este chão é Bento. E de emoção em emoção, hoje, talvez, eu tenha entendido, de uma vez por todas, essa minha paixão por livros, jornais, histórias...É quando o jarro transborda que buscamos razões, empurrrões para continuarmos, olhar para cima, olhar para cima.
Para não chorar, para não deprimir, mas, hoje, não deu. Perdi um tio querido, referência de minha infância e adolescência, que, por sinal, teve a infância dele ligada a jornais. Ele aprendeu o ofício de tipógrafo e linotipista aos 9 anos e foi responsável pela produção dos jornais que circularam em Bento, nos anos 1940 e 1950, como Il Corrieri D´Itália, Jornal de Bento, Jornal do Povo, Geração Nova, Gazeta da Serra, o Batalhador, Correio Gaúcho, entre outros. Então, me permito uma releitura da dedicatória: " A todos aqueles que trabalharam anonimamente e com ralos salários pela construção da imprensa regional-fonte indispensável para o conhecimento histórico da região." Ao menino tipógrafo Antenor e ao outro menino que o ensinou, Nestor, meu pai.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

A estação verão é aqui

Olá, estreio na estação da vindima, tempo das uvas, hummm...delícia!
Delícia mesmo é colher fruto no pé, estou aguardando convites  para colher uvas. Pode ser no vale, na montanha, nos distritos, nos caminhos, nos vizinhos.Verão é aqui! Tudo bem, tem a tão esperada praia...
Mas, vou ficando por aqui circundando os morros e deitando meu olhar na arquitetura colonial, nos porões de pedras, nas vinhas, no forno. Cheirinho de pão no ar... e de vinho nas cantinas familiares ou nas vinícolas famosas.
Para completar, estou aguardando o livro Passo Velho: História da colonização de Bento Gonçalves-da ocupação do Vale das Antas ao distrito de Tuiuty. Lançamento: amanhã, 19 horas, na Casa das Artes. Fotos, fotos e mais fotos ...nonnos, nonnas, história. Adooooro!
Na agenda: Abertura da Festa da Vindima em Monte Belo do Sul, dia 20
Praia, pra quê?A estação verão é aqui!
Uh, Uh, eu sou blogueira!!!