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quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Tempo pra chuva

Choveu, aqui no Rio Grande, nesta madrugada.
O barulho dos pingos caindo no telhado de zinco me despertaram.
 A previsão é que a primavera termine com muita precipitação .
O Rio Grande é uma cidade cercada de águas por todos os lados , e com chuva fica , ainda , ainda mais líquida . Talvez seja por isto que eu não tenha estabelecido uma relação mais íntima com ela . 
Ainda a chamo de senhora  e ela chama-me de senhor.
 Olhando a chuva lembrei do que uma amiga comentava comigo outro dia, dizia-me ela da saudade do seu tempo de criança onde podia brincar e correr na chuva sem medo de se molha .
 Molhava o corpo, mas fertilizava a alma . 
Terminou dizendo , melancolicamente : quem sai na chuva é pra se molhar.
Fiquei pensando , quantas vezes eu deixei de brincar na chuva com medo de me molhar.

 Preferi ficar seguro sob a proteção de um guarda-chuva.
 Sabia da beleza da chuva , mas tive medo da chuva. A chuva nunca teve medo de mim.
 Ela continua caindo sem medo de ser feliz .
Eu, no máximo, deixei-me molhar por garoas finas. ( Texto do Prof. José Vanderlei Rodrigues) ( Revisão Profe (Janete)

Um comentário:

Unknown disse...

Vanderlei!

Gostei muito, em especial, sobre o estranhamento que experimentamos nas cidades em que vamos vivendo...
Morei um tempo em São Leopoldo, depois em Poa, sempre nos tratamos com cerimônia... E o engraçado é que, embora há uns 15 anos aqui, Uruguaiana e eu nos tratamos por "senhora"!
Talvez, também, por que me deixe, apenas, "molhar por garoas finas."

Abs