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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Dedicatórias são homenagens- homenagens são dedicatórias

No livro 100 anos de Imprensa Regional de Kenia Pozenato e Loraine Giron há uma dedicatória: " Aos jornalistas que trabalharam anonimamente e sem salário, pela construção da imprensa regional - fonte indispensável para o conhecimento histórico da região." Esse parágrafo lembrou-me o que presenciei no lançamento da obra Passo Velho: História da Colonização de Bento Gonçalves - Da ocupação do Vale das Antas ao distrito de Tuiuty, na noite desta quarta-feira, 19 de janeiro, na Fundação Casa  das Artes. O livro tem  textos de Marciele Bertoldi Scarton e Guilherme Fernandes; projeto gráfico de Guilherme Fernandes;  fotografias de Fabiano Mazzotti e pesquisas e entrevistas realizadas pela turismóloga Fernanda Tomasi,  moradora de Tuiuty. É aí que mora a diferença, segundo relato, Fernanda , por vezes, sacrificou feriados e finais de semana e, até,  o salário, para ver um sonho realizado. A emoção rolou. Uma vez que tínhamos presentes os nonnos e nonnas que contaram suas histórias em formato de grande reportagem. Um luxo!
Cabe aqui também duas palavras para o livro recente de Pedro Junior e Fabiano Mazzotti, Bento em Foto e Poesia: pura emoção. Também curti o livro Este chão é Bento. E de emoção em emoção, hoje, talvez, eu tenha entendido, de uma vez por todas, essa minha paixão por livros, jornais, histórias...É quando o jarro transborda que buscamos razões, empurrrões para continuarmos, olhar para cima, olhar para cima.
Para não chorar, para não deprimir, mas, hoje, não deu. Perdi um tio querido, referência de minha infância e adolescência, que, por sinal, teve a infância dele ligada a jornais. Ele aprendeu o ofício de tipógrafo e linotipista aos 9 anos e foi responsável pela produção dos jornais que circularam em Bento, nos anos 1940 e 1950, como Il Corrieri D´Itália, Jornal de Bento, Jornal do Povo, Geração Nova, Gazeta da Serra, o Batalhador, Correio Gaúcho, entre outros. Então, me permito uma releitura da dedicatória: " A todos aqueles que trabalharam anonimamente e com ralos salários pela construção da imprensa regional-fonte indispensável para o conhecimento histórico da região." Ao menino tipógrafo Antenor e ao outro menino que o ensinou, Nestor, meu pai.

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