Geraldo Farina
O talento para a música já fazia parte da infância do maestro Geraldo Farina, 62 anos: o avô, o imigrante Giovanni Rigo cantava trechos de óperas. Farina, por sua vez, aos 17 anos, já estava à frente do Coral do Seminário Capuchinho Nossa Sra. de Fátima, de Ipê, regendo sua história. Casado com Leniz Sostizzo Farina, é pai de Marcus Vinicius, 35, Diogo, 33, Cassiano, 30, e Camila, 29 anos, e avô de Patrick, Luccas e Francisco. Conheça a trajetória desse paizão musical.
Corais
Sob a batuta de Farina estão o Coro da Longevidade e Coral Medianeira de Veranópolis, Coral do Hospital Tacchini, Coral do Vale dos Vinhedos, Coro Caminhos de Pedra, Coral Nossa Sra. De Caravaggio, da Frinal, de Garibaldi, Coral Municipal de Nova Roma do Sul, Coral Trentini de Santo Antão, Grupos de Flautas de Faria Lemos e Santa Tereza. Com a vinda dos pontos de cultura, Farina também dá assessoria na técnica vocal e canto em Tuiuty.
Todas as segundas-feiras, o maestro ensaia em Veranópolis e Garibaldi. Na terça, é a vez das flautas de Faria Lemos e do Coral Tacchini, na quarta-feira, em Santa Tereza, e à noite, nos Caminhos de Pedra. Na quinta-feira, Farina trabalha em Tuiuty e Vale dos Vinhedos e, na sexta-feira, em Nova Roma do Sul. Na agenda, ainda há os ensaios, preparação de partituras e concertos, organização de repertório, solenização de missas, composição de arranjos... e ufa! Ouvir música erudita, popular, folclórica e ler, ler e ler. Afinal, o maestro não abre mão da leitura diária.
Trajetória
Farina nasceu em Ibiraiaras e mudou-se, ainda criança, para Nova Prata. O primeiro contato com a música foi no Seminários dos Capuchinhos em Vila Flores , Veranópolis e Ipê. “Paralelo aos estudos, havia um tempo considerável para os aficcionados se dedicarem à música, especialmente ao canto coral”, lembra o maestro. Aos 20 anos, saiu do Seminário veio a Bento Gonçalves completar o Curso Clássico no Colégio Mestre Santa Bárbara e Letras na FERVI. Foi contratado para lecionar Música em Guaporé. Ao conhecer a namorada Leniz , nas férias , em Nova Prata , optou por morar naquela cidade. “Passei a estudar intensamente música. Estudei em Porto Alegre , Brasília e fiz vários cursos de extensão universitária na área da regência coral. Ao me aposentar do magistério, passei a me dedicar de corpo e alma ao canto coral, do qual sou convicto seguidor”, enfatiza.
Farina orgulha-se de ter fundado uma dezena de coros na região, nos municípios de Nova Prata, Veranópolis, Cotiporã, Vila Flores, Bento Gonçalves e Garibaldi. Dedica-se também à cultura italiana e demonstra orgulho por ter tido mestres como, o frei Rovilio Costa e o maestro italiano Giuliano Rinaldi. Em 1995, foi convidado por Tarcísio Michelon para assessorar a organização do Projeto Caminhos de Pedra. “Administrei os restauros e puxei a parte artística”, diz.
Vocação
”Cuida bem do maestro”. Foi o que pediram os integrantes do Coro da Longevidade de Veranópolis à esposa do maestro, Leniz . “Os coralistas não perdem um ensaio, é o programa da semana obrigatório. Já ficou comprovado que os participantes reduziram remédios e estão com a autoestima elevada”, diz Farina. Ele conta ainda que um dos coralistas, de 87 anos, mesmo de bengala, raramente falta aos ensaios e apresentações.
Família musical
"Meus filhos foram criados em um ambiente musical bastante intenso, ouvindo música erudita e popular e, frequentemente, me acompanhando nos ensaios e apresentações, em meio a teclados, violão e palcos,” lembra Farina. Atualmente, Camila, Cassiano e Diogo formam o Acústico Farina e se apresentam em feiras, casamentos, festas, eventos diversos, bares, casas especializadas. “O que mais quero é que mantenham essa herança de família”.
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