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quinta-feira, 21 de junho de 2012

Vênus, Adônis, o amor e as rosas vermelhas

Adônis foi o homem mais belo que a Grécia já conheceu.  Era um jovem caçador, seu rosto era esculpido, com testa, olhos, queixo e nariz absolutamente perfeitos. Um dia, Vênus, a deusa do amor, estava conversando com seu filho Cupido,quando teve a atenção desviada pela beleza do jovem mortal.
 Quem será esse rapaz? Nunca vi nenhum mais belo - disse a deusa ao filho. Cupido deu uma olhada rápida, estava absorto afiando suas flechas.
Vênus percebeu que seu filho ficara com ciúmes e o pegou nos braços enternecida. Deixe disso, é apenas um belo rapaz, mas nenhum é tão belo quanto meu filho.
Ao tomá-lo nos braços, porém, a deusa acabou ferindo-se com uma das flechas. Descendo à terra, Vênus decidiu seguir discretamente o jovem caçador. " Preciso conhecê-lo melhor! ", pensava a deusa, enquanto o seguia. Adônis havia parado um pouco no bosque; estava inclinando amarrando as sandálias, o que deixava á mostra sua rija musculatura sob a fina túnica que cobria seu corpo.
Vênus, sem poder conter-se mais, saiu lentamente em direção ao jovem. .
Olá, disse Vênus, procurando imprimir um tom natural ás palavras.
E você é Vênus, não é? disse Adônis certo de que mortal alguma poderia ser dona de tamanha beleza e encanto.
Sim, sou.. E você quem é?
Sou Adônis.Caça sempre aqui?
Bem,sempre não diria, mas é meu bosque preferido.
Você não é um deus, é?
Não, bela deusa, na verdade eu...
Como pode ter a beleza de um deus e não seu um deles? , dardejando um olhar intenso sobre a face do jovem, como se desferisse uma estocada certeira.
Veja o outro pé da sua sandália também está desatado.
Adônis fez menção de abaixar-se.
Vamos , coloque o pé na outra pedra, disse a deusa, impositiva.
O jovem apoiou o pé. Colocando-se á sua frente a deusa inclinou-se. De cabeça baixa, seus cabelos roçavam a cintura de Adônis.
Mortais inclinam-se diante dos deuses, e não ao contrário - disse ele
Adônis fez com que ela se erguesse. Antes, porém que Vênus estivesse totalmente equilibrada, recebeu da boca do rapaz um beijo longo e ardente.
A partir daí, a deusa passou a descer todos os dias de sua morada celestial para trocar carícias com o belo amante.
Vou fazer de você um deus, prometia ela,aninhada em seus braços. Entre carícias e abraços passavam os dois os seus dias. Adônis entregue á sua nova paixão, havia esquecido momentaneamente o seu arco. Mas com o tempo voltou a caçar.
Cuidado , Adônis, dizia sua amada.
Adônis estava radiante, pois possuía agora as duas coisas que fazem a alegria da vida: o amor e a diversão.
Ao enfrentar um javali, Adônis caiu sobre a relva ao ser atingido pelas enormes presas do animal .
Vênus não ia tão longe que não pudesse deixar de escutar os gemidos do seu amado.
Adônis, meu amor, o que houve?
É o meu fim..., balbuciou o jovem, enquanto recostava a cabeça sobre o ombro da deusa.
Vênus enterrou ali mesmo o corpo do amado, começaram a brotar algumas flores. No mesmo dia, a sombra de Adônis adentrou a morada dos mortos. Todos encantaram-se com a beleza do rapaz. A esposa de Plutão tomou para si a proteção do belo jovem.Vênus continuava inconformada.
Preciso trazê-lo de volta.
No auge de sua dor, resolveu resgatá-lo.
Ele agora é meu, disse a esposa de Plutão.
As duas deusas estavam dispostas a iniciar uma briga, quando Plutão interveio, sugerindo que Adônis estivesse um tempo entre os vivos e um tempo entre os mortos.
Vênus conseguiu o que queria e durante seis meses do ano tinha a felicidade de rever seu adorado Adônis
Contam alguns que do sangue da ferida aberta teriam nascido rosas vermelhas, outros narram que as rosas nasceram das lágrimas de tristeza de Vênus.




Um comentário:

Arione Torres disse...

Oi Janete, ótimo post amiga! Saudades de você!
Tenha uma linda semana, bjus!