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sábado, 23 de abril de 2011

Confesso: eu queria ser Imperatriz do Vinho

A  Iª Imperatriz do Vinho, Sandra Guerra

Em 1967, por ocasião da 1ª Fenavinho, tinha eu lá meus nove anos e acompanhei a movimentação na cidade. Uma, por ser filha de gráfico e ver os convites e a programação saindo quentinhos da tipografia. Outra, por ser neta de tanoeiros e ajudar a lixar os corotinhos que foram comercializados, na época, como lembranças de Bento Gonçalves. Lembro-me bem de fazer várias viagens ao parque da Fenavinho, onde meu nono construiu uma pipa, que seria usada para venda dos barris. Um jogada de marketing. Um diferencial copiado até hoje. Temos pousada em pipas, igreja em forma de pipa e, claro, o pórtico de entrada da cidade: uma pipa de concreto. A primeira de madeira não resistiu muito.
Os famosos anos rebeldes para mim, passaram comportados. E marcaram, principalmente, por querer ( revelo aqui) ser Imperatriz do Vinho. Não sei quanto às outras gurias da minha idade, mas, eu, deslumbrava-me ao ver a imperatriz com sua coroa. Confesso: eu quis ser imperatriz do vinho.
Presidente Castelo Branco nos pavilhões em 1967
Acompanhei todas elas de longe, mulheres maravilhosas, delicadas como as uvas, de gestos harmoniosos. Era nato, nada ensaiado, nada esculpido. Sandra Guerra era assim: elegante. As mulheres, em geral, esbanjavam charme, em saltos agulha e bico fino. Sandra Guerra era e ponto.
Meu tio me contou que para presentear o primeiro Presidente da República a pisar em solo bento-gonçalvense, foi encomendado, ao meu nono paterno, um barrilete, com arcos dourados, uma jóia. Meu nono caprichou. E, no dia da visita, o Sr. Móises Michelon fez a entrega do presente ao Presidente Castelo Branco. Olha! A lembrança agradou. E, a partir disso, a pequena pipa passou a ser estudada como símbolo da cidade. A idéia deu certo. Como deram certo tantas outras edições da festa. Penso até ter participado de todas. E o desejo de ser imperatriz moldava, aos poucos, meu jeito de andar...
O desejo não se concretizou. Mas, me deixou conhecimento para publicar mais de um post neste blog. Este, é uma homenagem às pessoas anônimas a aos famosos que fizeram da Fenavinho a nossa maior festa. Agora até Fenavinho Brasil é. Este ano, no outono. Tim, tim!

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