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terça-feira, 5 de julho de 2011

Sonho de infância revisitado e viva a liberdade!

Para quem queria ser aeromoça, não viajei tanto assim. Uma vez. Voei, sim, foi pelos ares da Bahia de Jorge Amado e pelos ventos de Érico Veríssimo. Tarde, conheci Isabel Allende. Não precisei ir ao Chile.
Para quem queria ser bailarina. Dancei, sim. Nas rodas que a vida dá. Faço questão de publicar minha foto vestida de dançarina de can-can, no último carnaval. Fantasia realizada, os fantasmas ficaram para trás. Ainda não tenho certeza. A figura de meu pai, austera, a declinar impropérios, ainda me vem à mente, quando, menina, levantava a saia para dançar can-can, em frente à televisão preto e branco. Quando ele saía para trabalhar, dava a famosa empinadinha de bunda ( hoje coisa normal) e a dança ficava completa. Levantava o vestido e as coquetes francesas mal sabiam disso. Também, dobrava a saia na cintura para ficar mini. Oba, hoje, ainda uso minissaia.
Viva a liberdade!
Para quem queria ser arqueóloga, a imagem do faraó menino Tutancâmon, na capa da coleção juvenil me atraía. Queria, porque queria ser arqueóloga. O Egito ficou um pouco distante. Nem tanto.
Foi no terceiro ano do Curso de Redator-Auxiliar que fui conhecer a Zero Hora, porém já sabia o que queria ser: jornalista.
Contava já com meus dezessete anos e queria ser jornalista.
Dizem que quem não planeja tem destino, por isso , faço uso do óbvio ululante para dizer. Quis o destino , que cursasse Letras. Algo a ver, assim, meio blasè, com jornalismo.
Escrevia, lia, fazia trabalhos e fui ser mesmo professora.
Dizem que das boas.
Enfrentei, encarei, chorei, mas queria mesmo ser - jornalista.
Até que um dia...peguei meu sonho de adolescente de volta, me enfiei, na redação da jornalista Kátia e vivi meu sonho.
Realizei o desejo de escrever e ver a palavra impressa. No primeiro jornal,  em que vi meu nome, chorei.
Já havia feito outros trabalhos em comunicação, mas foi o respeito às minhas ideias, que me fizeram sentir jornalista.
Autodidata, ainda tropeço nos verbos discendi e na enrolação. Mas, rapidamente, clareio o foco e vou, voando ao encontro das palavras.
Para quem queria ser aeromoça, voar nas palavras e formar a opinião de uma população que deseja ter vez e voz é bom também.
Senhores passageiros, tenham uma boa viagem!
Senhoras e senhores, tenham um bom espetáculo!
Queridos alunos, sejam felizes!
Querida amiga Katia, obrigada pela oportunidade!
Sou jornalista, enfim.

2 comentários:

Anônimo disse...

Lindo Janete !!!
Quando sabemos nos reconhecer como comandantes da nossa viagem !!!
bjs
Marilei

Blog da Janete disse...

Obrigada, amiga, por visitar meu blog e pelas lindas palavras.