Amanhecer no Vale das Antas ( Janete Nodari) |
Do que ficou
O amanhecer é o que me toca
Os primeiros raios
Impenetráveis na alma
Iluminam um lugar
Passa o dia
No afã de se cumprir
a noite
Aparo as arestas da tarde
Vem noite rompe a manhã
E o braço estendido no vão
No espaço que se formou
Entre o amor e o desamor
o sim e o não e
Uma busca que não vem ( Janete)
Coração do Agreste ( Fafá de Belém)
Regressar é reunir dois lados
A dor do dia de partir

Com os seus fios enredados
Na alegria de sentir
Que a velha mágoa
É moça temporã
Seu belo noivo é o amanhã

Eu voltei para juntar pedaços
De tanta coisa que passei
Na infância abriu-se um laço
Nas mãos do homem que eu amei

O anzol dessa paixão me machucou
Hoje sou peixe
E sou meu próprio pescador
E eu voltei no curso
Revi o meu percurso

Me perdi no leste
E a alma renasceu
Em flores de algodão
No coração do agreste

Quando eu morava aqui
Olhava o mar azul
No afã de ir e vir
Ah! Fiz de uma saudade
A felicidade pra voltar aqui
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