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quarta-feira, 5 de junho de 2013

Aromas da memória

De volta às origens
Aos 78 anos, Luzzatto  conta  que já viveu na capital do Estado, Porto Alegre  e, também,  no litoral catarinense. Agora está de volta às suas origens. Segundo ele, a mesma terra que o viu nascer. Mas, algo mudou. ”Mudaram os costumes, mudou a gente, a cultura não é mais aquela,” diz.  Ele refere-se especialmente à maneira de se preparar o alimento para a grande família italiana. “Tudo era natural. Tenho saudades das comidas e dos odores da minha infância,“ diz. O que ele faz questão de relembrar também em seus livros de culinária e no dia a dia. Para ele, cozinhar é um hobby.
Neto de imigrantes trentinos e beluneses, Luzzatto diz que aprendeu o português na escola, pois tanto em casa como na “vila”(Pinto Bandeira),  a única língua falada era o vêneto ou talian.


Cultura italiana
Foi atendendo a pedidos de receitas e no esforço de resgatar sua língua materna que o escritor passou a dedicar seu tempo à cultura italiana. Há vários anos, participa também como palestrante-convidado, dos Encontros de Radialistas Divulgadores do Talian no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Entre os livros que estão aguardando publicação, ele destaca os seguintes títulos: “Sabedoria Popular – Provérbios e Expressões do cotidiano dos imigrantes italianos no Rio Grande do Sul”; “Pitosto che viver sento ani a stento, vìverghene solque sinquanta, ma contento”( um livro politicamente incorreto) e “Lampi de Memória – Asseme Che vê conte prima Che me desménteghe”, livro que recém terminou de escrever. Também na fila para ser publicado está “Estri e Schersi”, um livro de poesias, em talian, evidentemente.
A “Vila”
 Nesse universo, que ele ainda faz questão de chamar de “vila”, Luzzatto salienta que passa os dias escrevendo, cuidando dos cães adotados e, frequentemente preparando pizzas e pastas para amigos e turistas.
Casado com Elisa Wenzel Luzzatto. Tem dois filhos Antônio e Caroline e quatro netos: Maximilian, Carlota, Otto e Sebastião. Mariana é a quinta neta, que também frequenta sua casa. Ela é a filha caçula da Andréia, filha mais nova do seu primeiro casamento. Para eles Luzzatto  procura passar a máxima de que “se deve aproveitar o saber, vivendo com ética e dignidade”, ou, como ele se expressa em talian, com creansa!

Ao final da entrevista, partimos rumo a Bento, enlevados pelo conhecimento do escritor Darcy Loss Luzzatto - adquirido em viagens, leituras e escritos - e pela paisagem de outono, que se descotinava ao entardecer.


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