De volta às origens
Neto de imigrantes trentinos e beluneses, Luzzatto diz que
aprendeu o português na escola, pois tanto em casa como na “vila”(Pinto
Bandeira), a única língua falada era o
vêneto ou talian.
Cultura italiana
Foi atendendo a pedidos de receitas e no esforço de resgatar
sua língua materna que o escritor passou a dedicar seu tempo à cultura
italiana. Há vários anos, participa também como palestrante-convidado, dos
Encontros de Radialistas Divulgadores do Talian no Rio Grande do Sul e Santa
Catarina. Entre os livros que estão aguardando publicação, ele destaca os
seguintes títulos: “Sabedoria Popular – Provérbios e Expressões do cotidiano
dos imigrantes italianos no Rio Grande do Sul”; “Pitosto che viver sento ani a
stento, vìverghene solque sinquanta, ma contento”( um livro politicamente
incorreto) e “Lampi de Memória – Asseme Che vê conte prima Che me desménteghe”,
livro que recém terminou de escrever. Também na fila para ser publicado está
“Estri e Schersi”, um livro de poesias, em talian, evidentemente.
A “Vila”
Nesse universo, que
ele ainda faz questão de chamar de “vila”, Luzzatto salienta que passa os dias
escrevendo, cuidando dos cães adotados e, frequentemente preparando pizzas e
pastas para amigos e turistas.
Casado com Elisa Wenzel Luzzatto. Tem dois filhos Antônio e
Caroline e quatro netos: Maximilian, Carlota, Otto e Sebastião. Mariana é a
quinta neta, que também frequenta sua casa. Ela é a filha caçula da Andréia,
filha mais nova do seu primeiro casamento. Para eles Luzzatto procura passar a máxima de que “se deve
aproveitar o saber, vivendo com ética e dignidade”, ou, como ele se expressa em
talian, com creansa!
Ao final da entrevista, partimos rumo a Bento, enlevados
pelo conhecimento do escritor Darcy Loss Luzzatto - adquirido em viagens,
leituras e escritos - e pela paisagem de outono, que se descotinava ao
entardecer.
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